Adauto Medeiros
Andei pensando muito sobre a “preocupação” do governo ou governos com a educação no trânsito e cheguei a conclusão de que essa preocupação não é com o perigo para os motoristas ou com as motocicletas que em alta velocidade provocam a destruição do pedestre ou dos motoristas.
Claro que há e haverá sempre os irresponsáveis que desafiam a velocidade como também violam os parâmetros da boa educação e do bom convívio social, sendo pessoas de um egoísmo e narcisismo brutal. Mas vejam. Há também o desejo dos governos de transformar os erros dos usuários das estradas em mais uma renda especial para os seus cofres. E a pergunta que não quer calar é: para que?
As multas não só nas estradas ou nas cidades é um negocio altamente rendoso para o poder público nos seus três níveis. Hoje as prefeituras já marcam “metas” para arrecadação de impostos vindos das multas, que sem dúvida trata-se de um negócio altamente rendoso para o caixa dos governos.
Trata-se mais uma vez, em minha opinião, de um negócio e uma alta fonte de renda para esses nossos Estados totalitário e ineficiente que serve apenas para as pessoas ou famílias dominam eles. Tai o caso agora do PT a nível nacional. Eles criaram uma estrutura interna nas estatais para saquearem essas empresas e para no fim não dá em nada para eles.
Nós conhecemos o descalabro da administração pública e sabemos a que nível (nível baixo, é claro) chegou. Basta citar o exemplo da saúde pública. E se formos compararmos com o primeiro mundo, por exemplo, na educação, não podemos nem quantifica-lo, pois simplesmente, o nosso não existe.
Os EUA passaram 8 anos em uma guerra no Vietnam e morreram 40 mil americanos e o Brasil sem guerra, hoje, mata mais de 50 mil pessoas por ano. Será culpa do tóxico? Será falta ou falha na segurança pública? Falta de perspectivas para a vida do assassino ou bandido?
Gostaria de informar que o Brasil tem 90 milhões de funcionários públicos, e em sua maioria não sabe nem mesmo o lugar que deveria trabalhar. Só em Brasília tem 26 mil funções gratificadas. Este não pode ser o preço da democracia. Mas se for, devemos melhorar o regime.
Quem sabe se não seria bom voltar a Monarquia? Já temos inclusive o nosso Rei Pelé. Que Deus abençoe o Brasil!
Adauto Medeiros, engenheiro civil e empresário [email protected]