O beijo da esposa, Jaqueline, também jogadora de vôlei, e o abraço do filho Arthur, de dois anos, serviram como consolo na chegada ao Brasil. A frustração por ficar fora dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no entanto, perdurará por um bom tempo na cabeça de Murilo. Cortado por Bernardinho juntamente com Isac e Tiago Brendle, o ponteiro ainda tenta digerir o fim do sonho do ouro olímpico por conta de dores na panturrilha esquerda, que já o tinham tirado da reta final da Liga Mundial. O resultado da ressonância magnética que será realizada nesta terça-feira será determinante no rumo da mistura de sentimentos que toma conta do jogador. O que já está definido, por sua vez, é o adeus à seleção brasileira.
De irmão do ex-central Gustavo a uma das principais referências do time de Bernardinho, Murilo defendeu o país por 12 anos, com seis títulos da Liga Mundial, dois do Campeonato Mundial, um da Copa do Mundo e duas pratas olímpicas. O vice do último domingo diante da Sérvia, o corte dos Jogos Olímpicos e a despedida do time nacional foram golpes fortes no gaúcho de 35 anos, que não segurou as lágrimas no setor de desembarque do Aeroporto Internacional Tom Jobim.