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Na fila para transplante de medula, criança de 10 anos pede ao Papai Noel um doador: ‘Meu maior sonho é ser curado’

John com sua coleção de carrinhos. Ao longo de 10 anos de vida, os brinquedos foram chegando conforme John precisava “ser furado” durante o tratamento. — Foto: Pedro Trindade/Inter TV Cabugi

Uma das paixões do pequeno John Erick, de 10 anos, é sua coleção de carrinhos de brinquedo. São mais de 150 itens que foram chegando conforme o garoto precisava ser “furado”. As injeções fazem parte do tratamento para anemia falciforme, doença sanguínea agressiva que o jovem possui. Neste Natal, o menino fez um único pedido ao Papai Noel: sua cura por meio de um doador.

“Vou poder jogar bola, vou poder tomar banho de praia, vou poder tomar banho de biqueira… vou poder fazer tudo. Esse é o meu sonho”, disse o garoto.

Os principais desejos de John são fazer atividades normais para qualquer criança de sua idade. A enfermidade impede que o garoto faça exercícios físicos ou possa ir à praia, por exemplo.

Atualmente, ele reage bem ao tratamento realizado via Sistema Único de Saúde (SUS), mas a cura para a doença que ele pediu ao Papai Noel só será possível através de um transplante de medula óssea, aguardado por John e sua família há seis anos.

“Meu maior sonho é ser curado. Isso, pra mim, é como ganhar um planeta inteiro só pra brincar. Hoje eu sinto falta de ir pra praia e jogar bola mais meus amigos. Quando for curado, vou voltar a fazer isso”, explicou o garoto.

Quem está ao lado do pequeno John nessa batalha é a mãe dele, Grazy Kelly. Grávida de dois meses, ela nutre a esperança que seu bebê possa ser compatível com seu filho mais velho e, posteriormente, possa fazer a doação de medula. Ela reforça que a gravidez não foi pensada com essa finalidade e explicou como está o tratamento do filho atualmente.

“John responde bem aos medicamentos de alto custo, e graças a Deus está respondendo bem. E por enquanto essa hipótese (do transplante) pra os médicos é descartada. Mas pra John não. Jhon quer ser uma criança normal. A gente tem que acreditar também”, explica.

Segundo Grazy, a anemia falciforme de John foi descoberta com três meses de vida. No início, a família acreditava ser o tipo convencional da doença, mas seguidas crises ocorreram, até que John precisou se internar. “Foi aí que eu fui a realidade da doença”, disse.

Durante os dez anos de vida, Grazy se diz surpresa com o tamanho da força do filho e destacou que o pequeno John é um “guerreiro”.

“Ele passa por toda essa situação sorrindo. Ele é guerreiro e me ensinou a ser guerreira. Eu nunca tinha entrado numa luta dessa, e foi ele que me ensinou a ter força”, explicou .

Fonte: G1RN

Ponto de Vista

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