NÃO ESPERO (APENAS UM POEMA) –
Resgatando alguns escritos rabiscados no “caderno de inspirações” durante a reclusão pandêmica, eis que encontro esse poema que, não sei porque, não se juntou aos alguns que vou cuidadosamente guardando para uma pretensa coletânea.
Como o tempo não passa quando fazemos uso das letras para expressar sentimentos, aqui está:
NÃO ESPERO (Josuá Costa/2020)
Não espero que me ame
Apenas que empreste o teu olhar
Que perceba nos meus gestos
As formas que tenho de te amar.
Não espero que retribua
Pois meu amor nada cobra
Apenas guarda a esperança
De ter mais do que te sobra
Do sorriso, da brandura nua
Em passos livres de tua dança.
O tempo que passa não te alcança
Teu caminhar não se altera
O coração sofre por tua lança
Que em mim se desespera.
Na feitura em contradança
Muito além do que coubera
Vai e se esvai a mudança
Que nosso amor sempre espera.
Sigamos pois no desejo
Que me faz renovar
Conforta-me com teu beijo
Sempre haverei de te amar.
…
Busque também em seus cadernos que, com certeza, também encontrará belos momentos em forma de poesias.
Aliás, você já me prometeu que ia fazer isso. Lembra?
Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil, escritor e Membro da Academia Macaibense de Letras ([email protected])