CARLOS ALBERTO JOSUÁ COSTA

Carlos Alberto Josuá Costa 

Sempre tá faltando você.

Mas sabemos que, no outro, sua presença está representada.

Não que nossos tempos sejam destoantes, mas, por uma razão qualquer, hoje você não se juntou a nós, cujas amizades foram construídas através da convivência diária no trabalho de servir e realizar sonhos de tantos cidadãos.

Afinal, a dedicação e o respeito que mantivemos em cumprir a missão da empresa se confundiam com a nossa missão também. E isso se chama, até hoje, dedicação e competência.

Tão simples, tão natural, que em nossos encontros – “Naquela Mesa” – não existe espaço para lamentações. Em torno dela, apenas boas lembranças, sorrisos, e compartilhamento de vivências.

Já não temos “cargos”, já não somos “chefes”, porém ainda carregamos o respeito amealhado durante a longa jornada.

Tá faltando você. Compreendemos que seus passos estão mais lentos, seu fôlego está mais tênue, sua vista tá mais embaçada, sua vontade está mais restrita, mas sabemos que seu amor permanece gigantesco.

É possível que você nem saiba que é lembrado com todas as honras, por apenas termos “usufruído” de sua companhia, breve ou mais longa, no cumprimento das tarefas que enchiam nossos dias de satisfação em bem cumpri-las.

Sabe aquele momento em que você apenas com o olhar, nos mostrava o “como fazer certo?!”. Lembro bem que o seu “estar perto” valia muito mais que as linhas normativas. Afinal, quando ainda éramos aquinhoados pelos anos mágicos da juventude, a ética tinha lugar de destaque, não por imposição, mas pela educação forjada no exemplo e na família.

Por isso, agora, “Naquela Mesa”, nossos olhares não se desviam, por alguma vergonha trazida de ontem. Esse caráter está presente até hoje. Seu sorriso – de todos. Sua luta – fracionada. Sua descendência – comemorada – filhos e netos que renovam ânimos.

E tudo são flores?

Não.

As flores também têm seus espinhos. Nem por isso a torna menos bela.

Temos sim nossos espinhos. E eles não estão ali para nos perturbar e, sim, para que saibamos que entre o primeiro passo e a linha de chegada, temos obstáculos a suplantar. São eles pontiagudos, mas com as luvas emprestadas por Deus, somos capazes de suportá-los.

Não duvidamos que cada um “Naquela Mesa”, muitas e muitas vezes, teve sua alma ferida, porém nada que o Pai não curasse com o bálsamo do perdão, com a misericórdia da retomada e com o propósito da correção.

Vale ressaltar, que quando nos encontramos, não ficamos remoendo o passado. Mas trazendo à tona assuntos revestidos de arte, cultura, atualidades, fatos pitorescos, histórias e estórias nossas e de amigos, enfim tudo, com a maturidade atingida pelo tempo e permitida pela conscientização, sem espelhar sentimento politiqueiro de qualquer espécie.

Estamos ali para celebrar a vida. E porque não dizer, o sucesso. Pois Deus distribuiu com cada um de nós o amor que Lhe é peculiar e, por vez, contaminou nossos sentimentos e emoções em saber respeitar as diferenças que trazemos no coração.

E o que é “Naquela Mesa”?

É um encontro semanal, na AEAP – Associação dos Economiários Aposentados e Pensionistas, aberto, livre, sem ata, sem pauta, porém com muita, muita alegria.

Esteja presente. A entrada é um quilo de desprendimento.

Afinal, festejar é dividir gratidão pelas benesses conquistadas.

Assim, somos nós: agradecidos!

Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil e Consultor ([email protected])

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

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