NAS QUADRAS DE BRASÍLIA, IRROMPE A FLOR DO MORORÓ, OU DA PATA-DE-VACA

As flores são anunciadoras, na quadra ao lado da nossa, seja na Asa Sul/Norte, seja em Águas Claras, Sobradinho, no Lago Norte, em Brasília lá estão elas esfuziantes a tingir o céu nas cores branca ou lilás. É a flor da árvore mororó, ou da ‘pata-de-vaca’, ou ainda da ‘unha-de-vaca’, outro nome popular ‘casco-de-burro’, muitos também citam o curioso epônimo ‘ceroula-de-homem’. O amigo cronista de Mossoró, José Mendes, ainda repara que chamam mororó uma variante da pata-de-vaca, a nomenclatura é vasta.

É a folha mais procurada para quem tem diabetes ou deseja combater a glicose alta. Em lojas de produtos naturais e em farmácias de manipulação são facilmente encontradas as folhas secas de mororó que possuem a conhecida ação antioxidante, purgativa e diurética, em geral as indicações são coadjuvantes para o caso de hipertensão arterial, cálculos do trato urinário, obesidade além da propriedade hipoglicemiante de reduzir níveis de glicose no sangue. Daí a grande procura por essas folhas atraídas por muita gente. Logicamente há restrições médicas, como para mulheres em estado de gravidez e crianças até 12 anos, além dos que já sofrem de hipoglicemia, por exemplo.

Afora o interesse medicinal a questão poética também aflora, literalmente na beleza das flores com perfume característico. O mororó tal qual o ipê embeleza qualquer paisagem natural na fase das floradas, um presente da mãe natureza, que traduz em alegria, bom astral, ótimo humor e esperança por dias melhores, já que dado o recado do Criador traduzido no painel de flores em tons fortes, branco ou lilás, cada qual carregadas de ineditismo e cores vivas.

Viva o tempo que nos brinda os mororós, que são tempos de regozijo e admiração!!

 

 

 

Luis Serra – Professor e escritor
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