A Nasa celebrou um triunfo vital na madrugada desta terça-feira, depois que a sonda Juno conseguiu entrar com sucesso na órbita de Júpiter em uma missão para investigar a origem do sistema solar. O Jet Propulsion Laboratory dla NASA, em Pasadena, Califórnia, explodiu em comemoração quando a sonda entrou com sucesso na órbita do maior planeta do sistema solar às 03H53 GMT de terça-feira (00H53 Brasília). A sonda não tripula e propulsada por energia solar viajou 2,7 bilhões de quilômetros desde seu lançamento, há cinco anos, de Cabo Canaveral, Flórida. O projeto objetiva conhecer um pouco mais sobre o planeta e sobre o próprio universo.
Os nove instrumentos da sonda incluem uma câmera, que, antes de começar a orbitar, fez imagens de Júpiter e suas luas em diferentes velocidades. Um dos principais objetivos da missão será compreender melhor do que é composto o interior, até agora inobservável, do planeta gigante. Juno, uma missão de 1,1 bilhão de dólares lançada no dia 5 de agosto de 2011, também vai cartografar os campos gravitacionais e magnéticos de Júpiter para determinar sua estrutura interna. A sonda de quase quatro toneladas realizará uma série de 37 sobrevoos em torno de Júpiter, a maior parte entre 10.000 e 4.667 quilômetros sobre a espessa camada nebulosa, durante uma missão científica de 18 meses. Os sobrevoos de Juno serão muito mais próximos do planeta gigante que o recorde anterior de 43.000 km estabelecido pela sonda americana Pioneer 11, em 1974.
Depois das duas primeiras voltas de 53,5 dias, Juno se colocará, a partir de outubro, em uma órbita de 14 dias, que a fará passar sucessivamente perto dos dois polos. Durante seus sobrevoos, os instrumentos da sonda penetrarão a espessa camada de nuvens para estudar as gigantes auroras boreais, sua atmosfera e sua magnetosfera. Juno não apenas deve ajudar a descobrir os segredos que cercam Júpiter, como também fornecerá novos índices sobre as condições que imperavam no momento do início do sistema solar, quando o planeta gigante estava em formação.