NASCER OU MORRER –
Atrevo-me, neste texto, dar uma visão sobre o que penso acerca do futuro da humanidade. Abra-se a discussão. Somos 8 bilhões de almas povoando o planeta Terra, quando o ideal seriam 5 bilhões. A cada segundo nascem 4,3 seres humanos. Neste século a expectativa média de vida subiu para 73 anos, quando no início dos anos 1800 não passava dos 40 anos. Em breve viveremos em média 100 anos.
Tal população precisa de alimentos, vestimentas, locomoção, cuidados com o corpo, aliviar-se biologicamente, satisfazer a vaidade e de incontáveis outras necessidades dentro da filosofia de que os meios justificam os fins.
Em razão do grande número de habitantes áreas são desmatadas, diferentes fábricas criadas, veículos automotores postos em circulação, toneladas de lixos e dejetos desaguados nos oceanos, minas de pedras e metais preciosos exploradas, enquanto agressões outras contribuem atiçando a paciência do planeta.
Os responsáveis pelos desmatamentos para a plantação de lavouras e criações de animais para saciar a fome dos humanos; dos escapamentos de gases poluentes e das queimas de combustíveis fósseis, objetivando a fabricação de veículos e de todo o aparato cobrado para suprir as necessidades, vontades e vaidades humanas, não avaliaram ou não se preocuparam com as agressões causadas ao meio ambiente.
O resultado de tais práticas danosas aumentou as emissões de gases de efeito estufa recobrindo a Terra ao reter o calor sol. Isso contribuiu para o aquecimento global e às mudanças climáticas. O mundo agora está aquecendo mais rapidamente do que em qualquer outro momento registrado na história.
Com o aquecimento e a poluição dos oceanos, unidos ao degelo das calotas polares milhares de espécimes desaparecerão da paisagem marítima e terrestre. Temperaturas intensas ensejarão inúmeros incêndios naturais e o descontrole climático acarretará incidências semelhantes às que acontecem agora no Rio Grande do Sul.
Conforme o observado nesse relato tudo se baseia na elevada população do planeta. Demasiadas pessoas procurando sobreviver num ambiente bem diferente de dois séculos atrás e sem perspectivas auspiciosas para mais um século adiante caso providências não sejam tomadas para garantir um futuro equilibrado.
A continuidade das agressões ao planeta o tornará inadequado para a sobrevivência da raça humana, acarretando a extinção da humanidade – segundo a comunidade científica, a Terra é o único ponto conhecido do universo onde existe vida.
A solução para tal impasse consta do título acima: “Nascer ou Morrer”. Isso mesmo, o controle total, irrestrito e absoluto sobre nossas vidas. Como assim? Limitando o número de nascimentos ou estabelecendo o tempo de vida para cada indivíduo. Pode parecer uma heresia tal afirmação, porém, imaginem quão cruel será a qualidade de vida do ser humano, quando o planeta abrigar 10 bilhões de habitantes.
Escassez e restrições de toda ordem limitarão uma população de número alarmante e carências múltiplas, nada comparado com o que desfrutaram seus antepassados. Isso aliado aos humores do planeta revidando as continuadas arremetidas contra o equilíbrio ideal para a preservação da natureza.
Até então não antevejo soluções milagrosas para conter os desastres naturais que se avolumam a cada momento. O triste é imaginar que a Terra deixará de ser aquele “pálido ponto azul na imensidão do universo – segundo o astrônomo Carl Sagan”, que serviu de abrigo para uma espécie de seres chamados terráqueos.
José Narcelio Marques Sousa – Engenheiro civil