A vacinação contra Covid para crianças até 12 anos de idade está suspensa em Natal por falta de doses. A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que não especificou desde quando o problema ocorre.
Segundo a SMS, há em estoque apenas as unidoses – que são doses que possuem a seringa já preenchida com o imunizante e que só podem ser utilizada em pessoas acima de 12 anos.
“O município aguarda formato multidose para retomar a vacinação para este público [até 12 anos]”, afirmou a SMS, em nota.
O problema afeta principalmente bebês e crianças entre 6 meses e 5 anos de idade – faixa etária que teve a imunização contra a Covid-19 incluída no calendário nacional de vacinação infantil no início do ano.
A falta de imunizantes vem sendo percebidas pelo público que busca o imunizante. Esse é o caso, por exemplo, da auxiliar de cozinha Ingrid Martins, que procurou a UBS São João, no bairro Tirol, Zona Leste de Natal, nesta terça-feira (20).
“Tá faltando essa e mais outra [tríplice viral]. É preocupante, são vacinas importantes para ele, que não tem a mesma imunidade da gente, adulto”, afirmou.
Além de proteger as crianças que tomam o imunizante, a vacina afasta a possibilidade de transmissão para algum parente que acompanha um grupo de risco, explica o médico infectologista Igor Thiago Queiroz.
“Evita a transmissão para avós, tios, pais, responsáveis que possam ter o caso mais grave [de Covid] e tenham necessidade de internação”, disse.
Vacina entrou no calendário nacional infantil
De acordo com o Ministério da Saúde, a imunização infantil contra Covid – que entrou no calendário nacional – é destinada para crianças com idade a partir de seis meses e menores de cinco anos.
Podem tomar a vacina aquelas crianças que não tomaram nenhuma dose contra Covid-19 e também crianças que não tenham completado o esquema vacinal com as três doses do imunizante, respeitando os intervalos de quatro semanas, entre a 1ª e a 2ª dose; e de oito semanas entre a 2ª e a 3ª dose.
Crianças com idade superior a 5 anos, devem receber uma dose de reforço em 2024 apenas as que integram os grupos prioritários como imunocomprometidos; as que apresentem comorbidades e deficiência permanente; indígenas; ribeirinhos; quilombolas; que vivem em instituições de longa permanência e em situação de rua.