NATUREZA EXUBERANTE, A “BISNAGUEIRA”, BONITINHA, MAS ORDINÁRIA –
Este magnífico exemplar da natureza que faz bem aos olhos, de origem a África Central, as flores abertas em forma de taça em tom vermelho-alaranjado forte, no entanto possui um viés danoso de repelir insetos como as prodigiosas abelhas, e até pássaros evitam aninhar nos galhos tóxicos da bisnagueira. Entretanto, para melhor, ainda atraem beija-flores, notadamente o beija-flor-dourado visto em parques e jardins.
As flores são reconhecidas em forma de cálice espadado, que retém umidade das noites de orvalho ou da chuva. No Brasil toma os nomes curiosos de xixi-de-macaco, em razão do esguichar de água pelo botão da flor ao murchar chamado de “mijinho”; outro nome de referência: tulipeira-do-Gabão. São lembradas como os flamboyant do sertão nordestino, da caatinga, das flores flamejantes também originárias da África, cujas primeiras mudas foram trazidas a bordo da nau imperial por Dom João VI, século XIX.
A criançada diverte-se fazendo uso das flores engomadas para brincadeiras de lançar água. Árvore imponente com altura média de 25 metros, suas raízes não são profundas, com o tempo caem pesados galhos o que é um risco para os centros urbanos.
Tais adversidades chegaram ao limite, como o tomado pela Fundação Municipal do Meio Ambiente de Floripa, que passou a orientar a substituição da bisnagueira, no início de 2019. In extremis o Governo de Santa Catarina expediu lei proibindo a produção de mudas ou o plantio da ‘xixi-de macaco’, inclusive com a imposição de multa no valor de R$1mil, por exemplar produzido, ou e em dobro para o caso de reincidência.
Dessa forma, os espaços exíguos para vegetação das cidades não cabem no visual para esses painéis maravilhosos da natureza eterna, ora em extinção, ou enquanto dure.