NECESSIDADE DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA O PROFISSIONAL DE SAÚDE –

Há tempos, existem embates sobre a formação dos profissionais da saúde, campo que envolve uma série de conteúdos, na formação acadêmica e técnica. Na psicologia, por exemplo, o profissional vai dos estudos, desde a neuroanatomia até as ciências sociais.

Nos últimos dias, com uma demanda crescente de alunos buscando o serviço de psicologia da Casa Durval Paiva, por ser referência no manejo dos aspectos em volta do adoecimento onco-hematológico, foi realizada uma pesquisa simples. Foram contactadas todas as instituições, que oferecem curso superior e que possuem o curso de psicologia. O resultado: nenhuma delas oferece a disciplina de Psico-Oncologia.

O que esse dado traz? Ele apresenta uma necessidade real de estimular os estudantes e futuros profissionais da psicologia a procurar um aperfeiçoamento profissional, uma vez que, pacientes com câncer podem chegar a qualquer instituição. Esses usuários possuem suas especificidades, que precisam ser compreendidas com um olhar diferenciado, pois envolvem questões singulares, desde um isolamento e privação de contato, em decorrência da doença, sendo eles: afastamento da escola regular, nova formulação de hábitos alimentares e adaptação dos momentos de lazer. Olhar para o adoecimento (câncer) como um novo horizonte, que envolve uma perspectiva de vida, de um futuro.

A Casa Durval Paiva deixa sempre as portas abertas para os alunos, sendo estes, os futuros profissionais, como uma forma de prepará-los e até capacitá-los, de maneira que venham a somar com a Casa, em campanhas como a do diagnóstico precoce e de reinserção social, principalmente, nas escolas.

Sendo assim, é preciso entender que nunca deixamos de ser alunos, sempre teremos algo a aprender. Enquanto terceiro setor, atuamos na perspectiva da psicologia da saúde, ou seja, independentemente de onde formos, o olhar será para o sujeito. A psicologia trabalha em conjunto, mas, para isso, é necessário que exista um saber mínimo, diante do que é câncer, sendo essa uma das doenças mais comuns no mundo e que pode chegar como demanda, em qualquer dispositivo de saúde.

 

 

 

 

 

Ana Kariny Cabral Araújo – Psicóloga Casa Durval Paiva, CRP 17/4665

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