NEGO DO BEIJA-FLOR –
Parece estranho o nome Cerro Corá, cidade na Serra de Santana, no Rio Grande do Norte. Tem origem em um monte de um
país vizinho, local da última batalha da Guerra do Paraguai. Nela, o presidente paraguaio Solano López, que sonhava com a industrialização, não se rendeu e foi morto. O intendente (prefeito) de Currais Novos deu o nome de Cerro Corá ao então distrito para distingui-lo do homônimo Caraúbas, seu nome anterior.
Conhecida por belas serras, pinturas rupestres e vales vulcânicos, na cidade vive o eletricista Francisco Canindé de Oliveira. Ele se dedica ao beija-flor, unindo uma lembrança de guerra com um pássaro que simboliza amor, alegria, graça espiritual.
Com sua mulher e três filhos, Francisco investe o tempo disponível em cuidados ao passarinho e, por isso, ganhou o simpático apelido de Nego do Beija-Flor. Sua casa é atração de diversos tipos de beija-flor, dentre os quais, o beija-flor de banda branca, o beija-flor tesoura, o beija-flor pequeno, o beija-flor de bico reto azul, o beija-flor do bico reto de banda branca, o beija-flor da garganta verde e o beija-flor do bico vermelho.
Eles vêm pela água açucarada dos bebedouros, com água filtrada e limpos diariamente, e pelas pequenas flores silvestres do terreno vizinho.
Muita gente está indo a Cerro Corá não só pelo clima e pela beleza de suas serras, mas também pelo bom acolhimento da Pousada Colina dos Flamboyants e para fotografar os beija-flores de Nego. Minha filha Leila, que divide o seu carinho entre o Direito e a fotografia, foi conferir e voltou encantada com os pássaros e com as pessoas.
Penso que o humilde ofício escolhido pelo Nego do Beija-Flor pode transformar a cidade e fazê-la mais próspera e feliz. Carece, apenas, de uma decisão coletiva. Os beija-flores higienizam os ambientes urbanos ao comerem moscas e formigas. Polinizam arbustos e árvores como todo passarinho, são mensageiros do céu.
A população de Cerro Corá poderá fazê-la a cidade do amor, da graça e da alegria, criando jardins e plantando flores e árvores que florescem. A prefeitura poderá deixar uma obra imorredoura, a plantação de árvores nativas. O professor Benedito Vasconcelos, criador do Museu do Sertão, recomenda o cultivo de craibeiras, oiticicas e algodão mocó, arbóreo não só pela beleza ornamental, mas também porque não deixa cair folhas.
Além de ser uma contribuição para o meio ambiente, é uma satisfação para quem põe a mão na terra. É totalmente verdadeira a velha máxima: Quem planta seus males espanta.
Qual turista não desejará visitar a nova Cerro Corá, a terra dos passarinhos, das flores e das belas árvores nativas? A Câmara Municipal poderá escolher, como símbolo da cidade, uma flor (Natal elegeu a xanana). O beija-flor poderia ser a ave símbolo.
Diogenes da Cunha Lima – Advogado, Poeta e Presidente da Academia de Letras do RN
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