NEM VEM QUE NÃO TEM –

Nem vem pra cima de mim que não cola a conversa de insistir numa mentira para que a mesma se transforme em verdade. Não. Eu simplesmente raciocino. Tenho consciência, avalio e peso os fatos para depois tirar as minhas conclusões. Não me motivo por novidades mentirosas, tampouco me envolvo no transe coletivo momentâneo da sociedade nem por paixões exacerbadas de qualquer natureza.

E mais: não estou interessado em convencer ninguém. Diante do clima de beligerância de opiniões da atualidade, também me omito de externar manifestações desnecessárias. Aprendi que a camada de ozônio é a responsável pelo processo natural do efeito estufa, o qual absorve parte da radiação solar provocando o equilíbrio necessário para que haja vida no espaço que habitamos.

Destruir tal camada de ozônio mediante a expedição de CO² e outros gases poluentes é contribuir para o aumento do clima da Terra e do nível dos oceanos, do derretimento das geleiras, da irregularidade do regime de chuvas e dos ventos, modificação dos ecossistemas e redução de água potável no planeta. Tais fenômenos estão ou não acontecendo?

O mesmo processo se observa com a destruição da camada verde que cobre parte da Terra, a qual se reduz a olhos vistos pela ação deletéria e criminosa do homem. Querer minimizar tal ação com argumentos outros como aumentar a área agricultável para alimentar a humanidade enquanto acaba com ecossistemas valiosos para a vida das espécies, é querer vedar a luz do Sol com uma peneira. Tais atos estão ou não acontecendo?

Durante anos convivi com uma incômoda marca circular no braço. Nunca procurei saber de qual aplicação decorreu a tal cicatriz – dizem ser herança da vacina BCG. Em toda a minha existência, obedecendo a tendência natural da população do país, me deixei vacinar sem questionar origem, natureza, consequência ou malefício dos imunizantes aplicados. Meu único anteparo era a certeza de ser algo benéfico para a minha saúde. Assim agimos, eu e o Brasil inteiro… até surgir a Covid-19.

Tudo aconteceu e continua acontecendo muito depressa. Na velocidade da luz. Quase sem nos dar tempo para raciocínios claros. Vi pessoas morrendo por falta de ar aos milhares. Também percebi que somente diminuíram os óbitos mediante a vacinação em massa. Mentira ou verdade? Como estaríamos se não nos vacinássemos? Alguém apostaria a vida para saber a verdade? Eu não!

A desgraça continua com a variante ômicron, uma cepa modificada do vírus Covid-19. O que ocorreria se não houvesse a vacina aplicada para a cepa anterior?  Será que o efeito da nova cepa no indivíduo não vacinado seria tão suave? Eu não colocaria a minha vida em jogo para ver.

Então meu caro irmão, amigo de fé camarada, se não quer se vacinar não ofereça o braço para a picada, mas não venha tentar me convencer de que está certo e eu que sou o errado. Nenhum depoimento da mais ilustre autoridade na qual você se embasou para formar a sua opinião, não a compartilhe comigo. Eu estou vacinado, também, contra esse tipo de argumentação.

Quero manter a sua amizade intata como dantes. Porém, em se tratando de debater se é ou não conveniente vacinar contra a Covid-19, nem venha que não tem vez comigo. Mas não se vá de cara amarrada, dê um sorriso e aceite o meu amplexo fraternal.

 

 

 

 

 

José Narcelio Marques Sousa – Engenheiro Civil

As opiniões contidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *