NO BRASIL NÃO HÁ MAREMOTOS – Luiz Serra

NO BRASIL NÃO HÁ MAREMOTOS –

Se em nosso país não há furacões ou vulcões ativos, nem maremotos que aterrorizam os viventes do extenso litoral, de que reclamar nesse aspeto de ímpeto natural? Nestes dias, a América do Norte e o Caribe foram assolados pelo furacão Irma que deixou 41 mortos em sua passagem pelo Caribe e estragos de monta na costa da Flórida. É para refletir por outros ângulos, no que afeta ao nosso país. Se não, vejamos.
O furacão Irma produziu danos materiais significativos nas ilhas caribenhas de St Barts e St Martin, logo após atingir o solo na ilha de Barbuda de madrugada, com rajadas de até 295 km/h. A mensurada categoria cinco é considerada a mais alta na escala que mede o fenômeno cataclísmico. É a chamada temporada de furacões no Atlântico. Mas, o que se pode extrair como ilação.
Em setembro de 1995, o furacão Luis estrondosamente destruiu a mesma pequena ilha de St Martin (entre outras ilhas circundantes) e a esta ocasionando prejuízo de quase 2 bilhões de dólares. No entanto, o que tornou realidade meses após, passou quase imperceptível nos meios televisivos, qual seja a recuperação ampla daquele apreciável polo turístico logo aberto aos visitantes. Fantástica a administração voltada ao setor turístico, a proatividade, a reverência ao acolhimento turístico com investimentos extras, mesmo para aqueles eventos adversos. Reitero que este fato pode ser um candente aprendizado, uma lição a ser apreendida.
Não existem cataclismos de tamanha monta em nosso litoral nordeste, mas, pode-se afirmar que ações políticas e administrativas com firmeza na prevenção contra outros indícios deletérios da natureza devem ser permanentemente considerados. Exemplos na fiscalização ou na exigência de obras de contenção, no respeitante à edificações litorâneas que, por vezes, adentram até a área de circulação marinha. Ainda pode-se acrescentar mais esta metáfora catastrófica no capítulo da segurança pública. Nada mais catastrófico, como antipropaganda para uma “aprazível” cidade litorânea, quando famílias de turistas vão à instâncias de mídia nacional (ou internacional) para queixarem-se de que foram assaltados ou vilipendiados durante um passeio a que programaram.
Creio que isto serve para refletir, para repensar que autoridades de regiões litorâneas brasileiras, notadamente da região nordeste, com abrangência relativa, que tenham vocação e relevantes índices de arrecadação turística.

Luiz Serra – Escritor

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores
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