A Associação Nordeste Forte lançou, na última sexta-feira (14), o roadshow “Investimento e Desenvolvimento do Nordeste”. O evento reuniu os presidentes das Federações das Indústrias da região, a Sudene, o Banco do Nordeste (BNB), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Apex, na Casa da Indústria, em Recife.
O roadshow, promovido pela Associação Nordeste Forte e SUDENE, visa promover políticas para o desenvolvimento econômico da região, incrementar a indústria, debater projetos e propostas de interesses comuns, e, assim, elaborar um modelo estratégico para atração de investimentos.
O presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (FIEPE), Ricardo Essinger, anfitrião do primeiro Roadshow, defende que a Sudene tenha acesso a estrutura e instrumentos que possam alavancar a economia regional, por meio do fortalecimento das indústrias e reparo ao que chamou de “secular descaso com este lado do Brasil que levou a Sudene a ser sacrificado.
“Antes da Sudene, a atividade era incipiente. Depois veio o fomento da região, com a desenvolvimento social e econômico, com a fixação do homem à terra, geração de empregos, diversidade, produção industrial e acervo sobre a terra e a gente do Nordeste. Precisamos retomar isto e a Associação Nordeste Forte une forças para um desenvolvimento neste nível”, destaca.
O presidente da Associação Nordeste Forte, Amaro Sales de Araújo, presidente do Sistema FIERN, destacou duas medidas sancionadas esta semana que irão impactar positivamente na retomada do crescimento da economia: a convalidação dos incentivos fiscais estaduais e a aprovação da reformação trabalhista. As novas leis oferecem condições para atração de investimentos, geração de emprego e renda. “A convalidação dos incentivos fiscais, aprovada esta semana, traz uma tranquilidade para o empresariado. Não há como fazer um Brasil diferente, um Nordeste diferente, sem os incentivos fiscais. E a modernização das leis de trabalho é fundamental para sermos mais competitivos, pois tira o medo dos empresários de investir, permitindo maior contratação, mais emprego, mais renda”, frisa.
Este é o primeiro de uma série de encontros regionais que serão realizados nos nove estados do Nordeste, e vai viabilizar um modelo de atração de empresas para a região sem alterar a estratégia de incentivo fiscal entre os estados. Os presidentes e dirigentes técnicos de todas as Federações do Nordeste, explica Amaro, devem levar aos empresários de cada estado, as deliberações do encontro, bem como promover a aproximação desses agentes com o setor produtivo.
A desigualdade regional no Brasil é um problema persistente, apesar de ser alvo de políticas públicas há décadas, como lembrou Amaro Sales. “O Nordeste possui 50 milhões de pessoas aptas a produzir não podemos estar com o pires na mão pedindo ao governo federal. Mas termos políticas de desenvolvimento com condições para crescer e desenvolver mais, de forma diferenciada. Não podemos tratar os desiguais do mesma forma”, observa.
Além do presidente da FIERN, a comitiva potiguar contou com o vice-presidente da FIERN, Pedro Terceiro de Melo, o superintendente de Integração e Articulação, Helder Maranhão, o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Flávio Azevedo, o assessor do Nordeste Forte, Ernani Bandeira de Melo e o assessor técnico do MaisRN, Pedro Albuquerque.
Fundada há um ano, a Nordeste Forte é formada pelas nove Federações das Indústrias da Região Nordeste. É presidida pelo presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte, Amaro Sales (FIERN); e tem como vice-presidentes os presidentes das Federações dos Estados de Pernambuco, Ricardo Essinger (FIEPE); Ceará, Beto Stuadart (FIEC); Alagoas, José Carlos Lyra de Andrada (FIEA); Paraíba, Francisco Gadelha (PB); Maranhão, Edilson Baldez das Neves (FIEMA); Bahia, Antonio Ricardo Alvarez Alban (FIEBA); Piauí, Antônio José de Moraes Souza Filho (FIEPI); e Sergipe, Eduardo Prado de Oliveira (SE).
*Fonte: FIERN