No primeiro dia do novo governo, Lula assinou a revogação de normas colocadas em vigor pelo ex-presidente Jair Bolsonaro – e que, na prática, facilitavam o acesso da população a armas e munição.
Desde então, o governo também criou um grupo de trabalho para revisar as regras desse tema e promoveu um recadastramento das armas de fogo no país, agora reunidas em um único banco de dados.
“Agora virá o decreto definitivo, regulando a Lei 10.826 [Estatuto do Desarmamento]. Esse decreto vai recompor o sistema que, durante o governo Bolsonaro, foi desmontado”, afirmou Dino.
“Quando o governo Bolsonaro resolveu fazer o ‘liberou geral, faroeste, todo mundo pode ter armas, tiro, não sei o quê’, muita gente ganhou dinheiro com isso. Ilegitimamente, inclusive, quadrilhas compraram munição e armas”, declarou o ministro.
A proposta de nova regulamentação deve ser apresentada a Lula no fim do mês. Na próxima semana, o presidente viaja para Hiroshima, no Japão, onde participa como convidado da reunião de cúpula do G7.
Dino não detalhou as regras que devem ser incluídas no novo decreto, mas afirmou que o espírito da proposta é de “harmonizar” a atividade legítima de colecionadores, atiradores e caçadores esportivos (CACs) com a intenção do governo de restringir a circulação de armas e munição no país.
“Nós vamos tentar fazer algo que, em primeiro lugar, acabe com o ‘liberou geral’, abusos, isso que se montou aí. Inclusive, porque isso ameaça a segurança pública, a segurança dos policiais. E de outro lado, seja uma mediação que permita que essas atividades legais possam funcionar”, disse.
Armas recadastradas
O Ministério da Justiça divulgou na última semana que 939.154 foram cadastradas no Sistema Nacional de Armas (Sinarm) da Polícia Federal até o fim do prazo definido pelo governo.
Fonte: G1RN