Em apenas uma semana, as mortes em decorrência das chuvas em Minas Gerais mais que dobraram, chegando a 24. O número foi atualizado pela Defesa Civil estadual nesta segunda-feira (13).
O governo do estado confirmou que, somente neste domingo (12), 11 pessoas morreram durante temporais em Ipatinga e Santana do Paraíso, no Vale do Rio Doce.
No dia 6 de janeiro, 11 óbitos tinham sido registrados ao longo do período chuvoso atual, que compreende o fim de setembro de 2024 e este mês de janeiro.
Situação de emergência
Subiu para 56 o número de municípios em situação de emergência por causa das chuvas em MG. As cidades de Conceição do Pará, na Região Centro-Oeste, Coronel Fabriciano, no Leste, Nepomuceno, no Sul, e Ipatinga, no Vale do Rio Doce, decretaram calamidade pública.
Ao todo, 1.497 pessoas já ficaram desalojadas no estado, e outras 279, desabrigadas (com necessidade de abrigo público).
As mortes foram registradas em Ipatinga (10), Santana do Paraíso (1), Uberlândia (1), Ipanema (3), Maripá de Minas (1), Coronel Pacheco (1), Raul Soares (2), Nepomuceno (1), Capinópolis (1), Alterosa (1), Carangola (1) e Tombos (1).
Chuva em Ipatinga
Um forte temporal atingiu Ipatinga na madrugada deste domingo (12) e causou pelo menos nove mortes. No bairro Bethânia, uma casa onde sete pessoas estavam foi soterrada — apenas dois adolescentes conseguiram escapar. Entre as vítimas estão a mãe, duas irmãs, a cunhada e a sobrinha de Maria Aparecida da Silva Lopes.
“A Defesa Civil já sabia do risco, mediram o terreno e prometeram fazer um muro de arrimo. Nada foi feito. Agora, são cinco mortes. Isso poderia ter sido evitado”, desabafou.
De acordo com a Secretaria do Estado de Governo (Segov), 150 pessoas estão desabrigadas na cidade, que decretou calamidade pública por 180 dias. O temporal causou transbordamento de córregos, alagamentos e deslizamentos em diversos pontos do município.
Em Santana do Paraíso, a uma hora de Ipatinga, uma pessoa também morreu.
Nesta segunda-feira (13), o governador Romeu Zema (Novo) tem previsão de vistoriar os trabalhos de atendimento às famílias das vítimas, desabrigados e desalojados em decorrência das fortes chuvas na região.
Fonte: G1RN