Carro destruído sobre destroços de prédio após terremoto na cidade de Sarpol-e-Zahab, no Irã (Foto: Pouria Pakizeh/ISNA/AP)

O número de mortos após o tremor na fronteira entre Irã e Iraque passa de 340 nesta segunda-feira (13). Os feridos são mais de 6,2 mil. O epicentro do terremoto de 7,3 de magnitude foi registrado a 22,4 km de Derbendîxan, no Iraque, na tarde desse domingo (12). Os trabalhos de resgate e de retirada de escombros continuam nesta manhã, e o número de vítimas pode aumentar.

No Irã, 341 pessoas morreram e 5.953 ficaram feridas, de acordo com a agência iraniana Irna. Apenas na província de Kermanshah, que fica em uma região rural e montanhosa, o número de mortos chegou a 328, e o de feridos passou para 3.950.

Já no Iraque, o tremor deixou sete mortos e 300 feridos na região do Curdistão iraquiano, segundo a CNN, citando o ministro da Saúde da região, Rekawt Hama Rasheed. A província de Suleimaniya foi a mais atingida.

O terremoto, que ocorreu às 21h18 (horário local, 16h18 em Brasília), atingiu todas as províncias do Iraque e foi sentido na capital Bagdá por 20 segundos.

No Irã, o tremor foi sentido em várias províncias, sendo que a mais atingida foi Kermanshah. Na cidade de Sarpol-e Zahab, a cerca de 15 km da fronteira com o Iraque, o principal hospital ficou gravemente danificado. As populações de Ghasr Shirin (na fronteira), Sarpul e Azgale estão entre as mais afetadas.

A barragem iraquiana de Darbandijan, em Sulaimaniyah, ficou danificada por causa do terremoto e provoca preocupação. O diretor da barragem, Rahman Hani, afirmou que há “danos muito claros ao topo da barragem”.

A obra foi concluída em 1961, sendo considerada a “mais forte construída nos últimos cem anos”. A represa contém 1,5 bilhão de metros cúbicos de água e está atualmente com 55% de sua capacidade, segundo a EFE.

Cortes de energia elétrica foram registrados no Irã e no Iraque. As autoridades iraquianas solicitaram aos moradores de Darbandajan que durmam fora de suas casas. O mesmo ocorreu na província iraniana de Ilam, onde alguns habitantes foram aconselhados a deixar a região por precaução.

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