Os quatro potiguares que representam o Geoparque estão bem e não ficaram feridos. Eles relataram ao g1 que haviam acabado de jantar, por volta das 23h, quando sentiram o tremor.
“A gente tinha acabado de jantar. Estávamos retornando pros nossos respectivos hotéis. Logo antes de tomarmos os táxis, a gente sentiu o primeiro tremor mais intenso. E começamos a ver os muros balançarem, então tentamos nos proteger em local aberto, numa praça. E a partir daí se começou a ter uma dimensão maior dos estragos”, contou Matheus Lisboa, que é coordenador científico adjunto do Geoparque Seridó.
“A gente viu uma poeira muito intensa subindo, muita gente desesperada, correndo, e ficamos na rua por algumas horas, até que a dona do hotel onde estamos hospedados ofereceu nos abrigar na casa da família dela, mais longe do centro da cidade, onde ficamos até a manhã deste sábado”, completou.
O coordenador de comunicação e marketing do Geoparque Seridó, Silas Maciel, relatou que a sensação foi de um “tremor muito forte”. “Começou a cair muro, a cair destroços, o pessoal correndo na rua”, disse.
Ele diz que foi necessário procurar outro lugar, já que “o hotel teve problemas estruturais, ficou rachado”.
A diretora executiva do Geoparque Seridó, Janaína Medeiros, disse que a primeira reação do grupo ao sentir o terremoto foi procurar um lugar aberto para se proteger.
“Nós tivemos uma experiência que eu imaginei que nunca passaria na minha vida, que foi viver um terremoto de uma magnitude alta. A sensação era de que a gente estava surfando em ondas, a terra começou a tremer e a gente correu para um lugar aberto. E sem perigo algum de cair algo”, disse.
O coordenador científico do Geoparque Seridó, o geólogo Marcos Nascimento, disse que agora o grupo busca auxiliar as pessoas do país em como for preciso. “Todos nós estamos bem e apoiando o que for de melhor pra essa população linda”, disse.
Terremoto no Marrocos
O terremoto que atingiu o Marrocos na noite de sexta-feira (8) deixou mais de 800 mortos e pelo menos 600 pessoas feridas, de acordo com um balanço divulgado pelo Ministério do Interior para a TV estatal. Os dados foram atualizados na manhã de sábado (9). O número de vítimas, porém, não é definitivo e pode aumentar, segundo as mesmas autoridades.
O tremor, de cerca de 15 segundos, danificou desde aldeias nas montanhas do Atlas até a cidade histórica de Marrakech.
O terremoto ocorreu por volta das 19h30 (de Brasília), atingiu magnitude 6,8 e aconteceu a uma profundidade de 18,5 km, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).
O terremoto ocorreu por volta das 19h30 (de Brasília), atingiu magnitude 6,8 e aconteceu a uma profundidade de 18,5 km, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).
O epicentro do sismo ocorreu no alto das montanhas do Atlas, 70 km ao sul de Marrakech, onde se concentra o maior número de mortos. A região também fica perto de Toubkal, o pico mais alto do Norte da África, e de Oukaimeden, uma popular estação de esqui marroquina.
As províncias mais atingidas foram Al Haouz, Ouarzazate, Marrakech, Azilal, Chichaoua e Taroudant.
Homens, mulheres e crianças permaneceram nas ruas em algumas cidades da região, temendo réplicas. Há também vídeos que mostram pessoas saindo de centros de compras, restaurantes e de edifícios residenciais.
Um segundo tremor, mais fraco, ocorreu 15 minutos depois, informaram as agências internacionais de notícias.
Segundo informações da agência de notícias Reuters, um oficial do país declarou que há dezenas de mortos em áreas de difícil acesso ao sul de Marrakech.
O chefe da cidade de Talat N’Yaaqoub, Abderrahim Ait Daoud, disse ao site de notícias marroquino 2M que várias casas em cidades da região de Al Haouz desabaram parcial ou totalmente, que a eletricidade foi cortada e há estradas bloqueadas em alguns trechos.
Ait Daoud disse ainda que as autoridades estão limpando estradas na província para permitir a passagem de ambulâncias.
Fonte: G1RN