ANO DE 2020 –

O ano de 2020 se prenunciava como um ano alvissareiro e de esperanças vivas.

Para o Brasil, era o ano de mudanças promissoras, com a implantação de reformas básicas estruturantes. Momento de olhar mais o Brasil e menos para Brasília (tema da campanha presidencial).

O Presidente, com seu o temperamento duro, áspero, sem pavio e, muitas vezes, com atitudes inconsequentes, falando muito e raciocinando pouco vem tocando o barco. Estancou a gastança exorbitante com os superfaturamentos das empreiteiras em conluio com os nossos representantes públicos trapaceiros; realizou a sonhadora e necessária Reforma da Previdência Social; começaram a voltar os empregos com carteiras assinadas; a

Petrobras, sucateada e falida, começava a dar lucros; notória à aceleração sem freio nas exportações no agronegócio, enfim, o Brasil começava a caminhar e olhar para frente.

A economia voltando a se oxigenar e a nação saindo evidentemente de uma braba e anunciada recessão.

Nossas economias (dinheiro nosso) tinham partido com destinos certos: tapar rombos de países falidos e promover desenvolvimento em outros de regimes duvidosos e ditatoriais; enquanto isso, a nossa rede pública de saúde se encontrava totalmente sucateada.

O ano de 2019 foi o ano de arrumar a casa; um novo projeto, uma nova cara: honestidade a todo preço.

Fez, o atual governo, o que nenhum outro ousou fazer: peitou e desbancou boa parte da poderosa e temerosa imprensa que recebia bilhões em contratos oficiais de governos anteriores.

Por isso, passou a ser vigiado e massacrado às 24 horas do dia; passaram a anunciar, mostrar e transformar as menores e mais simples atitudes do Presidente em fatos absurdos e desabonadores, com intuito de levá-lo ao ridículo perante a população; manobras sutis e encrenqueiras eram rotineiramente criadas envolvendo e conflitando os

Poderes Constituintes.

Enfrentando tudo isso, o Governo se mantém firme, ativo, vigilante e super empenhado em suas ações.

Na realidade, o bom Ano Novo (2020) não chegou como esperávamos, mudou cruelmente o seu rumo.

Fomos surpreendidos com um arrasador e mortal tufão virótico, que teve início na China e, com a velocidade de uma estrela cadente, contagiou o Mundo – a Covid-19. Mexendo, e muito, com o dom mais precioso do ser humano: a vida; o mundo parou; mortes e mais mortes surgiram; cadáveres e mais cadáveres se amontanharam em covas improvisadas; confinamento social rigoroso; UTIs e hospitais congestionados. Com isso a economia também parou; passou a respirar por instrumento (teve a sorte de conseguiu um) e foi para UTI.

Com todo esse cenário formado e infernizado foi o suficiente para mostrar o quanto estávamos despreparos e desestruturados com a nossa crônica e abandonada saúde pública.

Como se não bastasse toda essa catástrofe mórbida, enfrentamos e visualizamos ainda a disputa de egos afervorados e oportunistas com objetivos puramente pessoais e políticos; com uma observação: estamos no 5º mês do ano; tem muita água para rolar ainda debaixo desse pontão de vaidade e de interesse pessoal.

Chegamos ao ponto (inacreditavelmente e vergonhosamente) de vermos representantes públicos se aproveitando do momento (de compras sem licitações, emergenciais) para superfaturarem equipamentos básicos e essenciais para salvar vidas. É inimaginável o que está acontecendo. Que país é esse? Meu Deus! Que absurdo!

Vamos, Brasil, sair mais uma vez vitoriosos dessa guerra; sem tiros, sem vírus, com vidas e enjaulando os rapinantes do dinheiro do povo.

 

 

 

Berilo de Castro – Médico e Escritor,  [email protected]

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