O ASSISTENTE SOCIAL, A GARANTIA DE DIREITOS E O TRABALHO NO TERCEIRO SETOR –

O assistente social atua nas diversas expressões da questão social, ou seja, lida, diariamente, com situações de violência, negação de direitos, preconceito, desigualdades, dentre outros. Desafios enfrentados nos mais diversos lugares e campos de atuação. O trabalho do assistente social está embasado em preceitos éticos e políticos, que buscam e prezam pela liberdade como valor ético central, pela equidade e democracia. Isso vai além do conservadorismo e assistencialismo, que perpassava a atuação da profissão, quando esta foi criada.

A luta pela garantia de direitos é travada diariamente, afinal, vivenciamos uma época de acirramento das desigualdades sociais, redução de investimento em políticas públicas, bem como, uma diminuição da intervenção do Estado frente a essas problemáticas. Nesse contexto, a sociedade civil assume um importante papel, por meio das instituições do chamado terceiro setor, e as Organizações não Governamentais (ONG) se destacam na prestação de serviços fundamentais.

A Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval Paiva, há 27 anos, vem desempenhando um importante papel no suporte, apoio e acolhimento às crianças e adolescentes com câncer e doenças hematológicas, atendendo, atualmente, 352 pacientes ativos e em tratamento da capital, dos mais diversos municípios do Rio Grande do Norte e, também, de outros Estados. Os serviços ofertados primam pelo atendimento de qualidade ao paciente e sua família, atuando para além do assistencialismo e do favor. Seu principal financiador é a sociedade civil organizada, que doa acreditando no potencial da instituição.

O serviço social é a porta de entrada, após o diagnóstico os pacientes são encaminhados para cadastro, assim, eles são acolhidos, tem uma escuta qualificada e o profissional apreende as demandas dos pacientes e seus familiares. O setor atua em conjunto com uma equipe multidisciplinar, que trabalha unida, para dar atenção e cuidado a esse paciente em sua totalidade. No cotidiano profissional são realizados atendimentos, visitas domiciliares, entrevistas sociais e encaminhamentos, visando a garantia de direitos dessas famílias, que chegam assustados, com muitas dúvidas e medo.

Durante todo o acompanhamento às famílias, é necessário ter uma comunicação diária com a rede socioassistencial, para garantir direitos mínimos aos pacientes e essa é uma das frentes de atuação do serviço social. Pois, é importante destacar que, quando esses direitos são negados, os órgãos responsáveis são acionados para garanti-los, mesmo que por via judicial. Afinal, a missão da Casa Durval Paiva é acolher e atender, da melhor maneira possível, as crianças e adolescentes com câncer e doenças hematológicas e suas famílias.

 

 

 

 

 

 

 

 

Keillha Israely – Assistente Social da Casa Durval Paiva, CRESS/RN 3592

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