O ATO DE ESCREVER –
Acabei de ler comentários de Ivan Maciel de Andrade, seguido de várias considerações, sobre quando, ao escritor, falta a imaginação. E que, mais das vezes, quando você se senta em frente a um papel em branco (hoje, ao computador), as palavras surgem naturalmente e você termina escrevendo um texto, muitas vezes se saindo muito bem, às vezes não se saindo, mas sempre escreve alguma coisa.
Foi o meu caso, agora. Abri o Word, preparei o computador, e pus-me a procurar escrever alguma coisa, não só para provar a tese de Ivan, mas a mim mesmo que tudo dependia de disposição.
Confesso que ando sem muita motivação ultimamente. Eu, que todo sábado escrevia alguma coisa para o “Jornal de Hoje”, de saudosa memória, não tenho mais esse entusiasmo ou disposição. Nelson Freire, com cujo blog passei a colaborar, Ricardo Rosado, que também trem publicado coisas minhas, me cobram alguma “produção”. Nelson é mais cobrador e, quando publico alguma coisa que se pode ler no Facebook, reproduz no seu blog. Pede permissão para isso, e já lhe fiz ver que deixo ao seu critério.
No meu comentário no post de Ivan, alego como motivo principal da falta de motivação o problema de alguma doença, ou sua, que não é o meu caso, ou de algum ente querido, que não lhe permite desviar seus pensamentos para qualquer outra coisa, o que é o meu caso. Embora, compreenda e saiba que você tem que viver a sua vida, especialmente quando não há solução para o problema.
E aí tentei fazer a experiência sugerida por ele. Sentei-me em frente ao computador, e surgiram todas essas palavras, que aqui juntei, o que confirma as suas afirmações, que já pescou em comentários de outros escritores.
E, mais uma vez, mantive o meu lema. Palavras simples, frases curtas, artigo conciso. Conselhos do grande Churchill. É que não leio artigos muito longos. A preguiça não ajuda e penso que muitos fazem o mesmo. Deixam a leitura no meio, ou nem a começam.
Dalton Mello de Andrade – Escritor, ex-secretário da Educação do RN