O BAIRRO DO ALECRIM –
É o quarto bairro por ordem cronológica da cidade do Natal. Poucas pessoas habitavam o descampado constituído por roçados e casinhas de taipa. Segundo o relatório do Coronel Romualdo Galvão, Presidente da Intendência Municipal de Natal, referente à sua gestão de 1914/1916, no último ano de seu mandato, o Alecrim possuía 11 ruas, 04 travessas e 583 casas (A República – 20 de janeiro de 1917).
Este bairro já foi denominado Refoles, Alto da Santa Cruz e Cais do Sertão. O nome Alecrim se deve ao fato de que uma senhora costumava enfeitar com ramos deste arbusto da família das labiadas (Rosmarinus Officinalis) que exala odor forte e agradável os caixões dos anjinhos enterrados no cemitério. Outra versão, diz respeito à abundância de Alecrim-do-Campo nesta região. O perfil do bairro foi realizado na administração do Prefeito Omar O’Grady, em 1929 com o arquiteto Giacomo Palumbo, que desenhou um traçado com ruas e avenidas que as registrava com números associados aos nomes de personagens históricos e tribos indígenas.
Durante a II Guerra Mundial, com a instalação da Base Naval, o bairro teve o seu processo de urbanização bastante ampliado com aumento da população e do comércio. Em 1912, os bondes elétricos começaram a circular no bairro, numa frequência de hora em hora. Em 1916, o Governador Ferreira Chaves, inaugurou o primeiro posto policial.
O Cemitério do Alecrim, o primeiro de Natal, foi construído pelo Presidente da Província do Estado, Antonio Bernardo de Passos, tendo sido inaugurado em abril de 1856. Foi ampliado pelo Prefeito Gentil Ferreira em 1936. Os estrangeiros eram enterrados no Cemitério dos Ingleses, no outro lado do Rio Potengi, perto da Praia da Redinha.
As principais igrejas católicas do bairro são: São Pedro, São José, Nossa Senhora da Conceição, São Sebastião, Colégio Nossa Senhora das Neves, Cemitério do Alecrim, Base Naval e Hospital Professor Luiz Soares.
Este bairro apresenta diversas igrejas evangélicas: Cristã Pentecostal de Natal, Assembleia de Deus, 1ª Igreja Batista do Alecrim, Brasil para Cristo, Igreja Presbiteriana, Salão do Reino das Testemunhas de Jeová, Igreja Batista do Sétimo Dia.
As principais praças públicas do bairro são: Gentil Ferreira, Pedro II (em frente a Igreja São Pedro), Almirante Marquês de Tamandaré.
A hora certa do bairro, é através de um relógio instalado próximo à Praça Gentil Ferreira, por iniciativa do Rotary Alecrim. Além de embelezar, presta um serviço de utilidade aos habitantes da cidade.
A Base Naval foi construída com o objetivo de manutenção de todos os navios combatentes do Brasil e dos Estados Unidos em operação no nosso porto, durante a Segunda Guerra Mundial. Com a continuação das atividades da Base Naval, após o término da guerra, foi construída a Vila Naval.
O Alecrim Futebol Clube tem participado ao longo dos anos do nosso campeonato, já tendo se consagrado campeão por diversas vezes.
A Feira do Alecrim, funcionou inicialmente aos domingos, mas, pelo Decreto-Lei nº 15, de 10 de outubro de 1940, foi transferida para o sábado.
Nas diversas barracas compra-se carne, peixes de rio e do mar, frutos do mar, legumes, frutas, utensílios domésticos, gêneros alimentícios diversos e objetos de uso pessoal, etc.
Pela Lei nº 251, de 30 de setembro de 1947, foi oficializado como bairro, na administração do Prefeito Sylvio Pedrosa, teve seus limites redefinidos na Lei nº 4.330, de 05 de abril de 1993, publicada no Diário Oficial em 07 de setembro de 1994.
Lenilson Carvalho – Dentista e escritor
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