Le Brésil n’est pas un pays sérieux, esta alegada menção ao Brasil teria sido proferida pelo estadista francês Charles de Gaulle.
Em recente entrevista, o ministro Sérgio Moro se referiu ao modelo penal brasileiro, que proporciona situações insustentáveis, que beiram a impunidade, o que não ocorre nos países desenvolvidos.
Parece que hoje o nosso país está se superando em termos de negligência moral e explícita. Vimos há pouco assassinos condenados por matarem os pais sendo “beneficiados por lei” a serem libertados no perdão do dia dos pais! Um jogador de futebol condenado em crime hediondo, esquartejamento da mulher, sendo libertado e anuncia-se que estará de volta aos estádios “aplaudido pela multidão”.
Por outro lado, boa parte dos julgados pela Lava-jato está na cadeia. Alguns bilhões de reais recuperados de volta, do que fora surrupiado por esses políticos e administradores públicos que
cometeram tais atos deletérios.
Interessante que se cogita até via suprema corte a aplicação de alguns bilhões de reais recuperados para o esforço no combate às queimadas na região amazônica.
Mas nem tudo está perdido, para muitos brasileiros, a atitude corajosa de um judiciário federal no Paraná conseguiu pôr na cadeia mega-assaltantes do dinheiro público, que seria para hospitais, escolas, creches etc.
O montante recuperado é possível que represente uma fração da espantosa quantia pública que se evolou na máquina perversa. Tais cifras monumentais constituem-se no elo perdido devotado pela moral e a grandeza cidadã.
No entanto parece que vivemos as agruras e o cenário iguais ao do filme “Exterminador do futuro”.
A votação de uma peça legal no Congresso sob o título “Lei de abuso de autoridade” soa como uma reação daqueles que ainda ao que parece não descansam da ideia de se locupletarem do erário. Uma penca de deputados conseguiu fazer passar em voto nominal de alguns minutos a aprovação de dispositivos para abafar medidas anticorrupção.
Agora o tiro de misericórdia: a suprema corte suspende os efeitos da sentença efetivada pelo então juiz Sérgio Moro e que alcançou um ex-presidente de um Banco estatal por desvio de alto valor. Mas ainda cabem mais alternativas de apreciação dado o choque que tal proposição ao plenário do Supremo provocou na população.
Às vezes a eterna vigilância esbarra no poder da informação no Brasil, no entanto o milagre da internet parece ser a marca da reação cidadã nos dias de hoje.
Se a maioria dos brasileiros se revoltar a tempo, para contestar ou repelir a máxima de De Gaulle, na referência moral contra o Brasil precisa se movimentar e tornar a se movimentar pelas ruas, como temos visto, civil e democraticamente.
Protestar e fazer valer os princípios que nos restam é preciso!
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