O BRASIL NASCEU DE UMA ÁRVORE, 21/09, O DIA DELAS –

Nosso país retém o que muitos consideram o ‘pulmão do mundo’: a floresta amazônica. O século XX marcou a resistência dos biomas de florestas no enfrentamento dos avanços de tratores na selva, muitas vezes de forma controlada, em troca de replantios proporcionados. Noutro viés deletério, a destruição é impiedosa, para com animais, a própria flora, e contra a nossa história! O que comemorar neste Dia da Árvore?

No Brasil é na região de selva em que está sua maior riqueza, considerada ainda rara biodiversidade do planeta. Na Amazônia resistem as gigantescas rainhas da floresta, como a sumaúma que chega a alcançar 80 metros de altura! Elas reinavam à margem dos grandes rios o que facilitou a queima e o corte para que troncos descessem em balsas até as cidades civilizadas: para virarem milhares de ripas de compensado!

No sul do Pará, nos últimos 40 anos, um dos monumentos da mata, a castanheira gigante teve sua existência impiedosamente reduzida, para dar lugar a um imenso vazio de bois e vacas. Além de o alimento essencial das araras e papagaios desaparecerem dos seus ambientes, logicamente, levando a quase extinção das araras-azuis. A convivência mental não foi proporcional na mente dos humanos gestores desse rico país natural.

Fora da Amazônia, São Paulo cresceu extinguindo um dos símbolos de sua história, o jequitibá-rosa. Muitas delas resistentes, com até 500 anos de idade, foram aniquiladas pela doentia opção por um ‘espaço de nada’, aberto, por uns poucos espúrios exterminadores do futuro.

Um exemplar está sendo preservado dentro de um parque, terreno do estado, no caso o jequitibá-rosa de Vassununga, avaliado com 600 anos, a que se pode visitar no parque estadual da cidade de Santa Rita do Passa Quatro. Da mesma forma é possível rever um renque de perobas-rosa no Parque Estadual de Porto Ferreira, terra paulista do porcelanato.

Enfim ainda ressurgem floradas em alguns lugares do país, maravilhas da natureza como os ipês coloridos, elas parecem sinalizar que não têm ressaibo ou ressentimento para com os desatinos, disparates e inépcias de tantos humanos. Ainda há tempo de repensar!

 

 

Luiz Serra – Professor e escritor
 As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *