O CARNAVAL E A SINCRONIA DO HOMEM COM A FORMIGA –
Recentemente retornei à Ilha da Negra, paradisíaca gleba de terra localizada no lado alagoano do baixo São Francisco, próximo a foz do rio e dunas do Peba.
Minutos antes estive no povoado Potengi, momento em que moradores usufruíam freneticamente de prévia momesca e portanto, o frevo dava a “régua e o compasso”. Confesso, que para tomar o barco todo azul, mas batizado com o sugestivo nome de “Negão”, tive dificuldade, tantas eram as pessoas que se divertiam pulando e gritando.
Após curta navegação, já em terra firme caminhei até a casa do morador, e após resolver assuntos pendentes, sentei-me debaixo de coqueiro hibrido, passando a admirar o entorno, quando vislumbrei enorme formigueiro, verdadeiro universo em miniatura, onde a organização e o trabalho em equipe são a essência da sobrevivência.
Por incrível que pareça, o ruge ruge do carnaval, vivenciado minutos antes veio-me à mente, por achar que a movimentação das formigas em seu habitat e dos foliões durante aquele considerado o maior espetáculo da terra, guarda semelhança fascinante. Em ambos os casos, há um fluxo constante, deslocamento organizado que a primeira vista, parece tumultuado, mas segue lógica própria.
No formigueiro, cada integrante tem uma função: algumas buscam alimento, outras protegem a colónia ou trabalham na construção e manutenção dos túneis. Elas seguem trilhas invisíveis, guiadas por substâncias por elas produzidas que sinalizam o caminho certo, como se estivessem em labirinto minuciosamente projetado.
Já nas ruas, foliões se movimentam ao ritmo da música, embalados pelo compasso das baterias e a energia contagiante no ar. Cada um tem seu papel no espetáculo: passistas deslizam com graça, ritmistas comandam a cadência, sambistas exibem gingados deslumbrantes. Há uma sincronia espontânea, verdadeira ordem dentro do aparente caos.
Após reflexão deixei o local, ciente que tanto no formigueiro quanto no carnaval, o coletivo se sobrepõe ao individual. O que importa é o ritmo das multidões, o trabalho conjunto, a vibração coletiva. No final, seja nas colônias de insetos ou blocos carnavalescos, o movimento segue, incansável, em um ciclo que se renova ano após ano, e portanto, VIVA A ALEGRIA.
Alberto Rostand Lanverly – Presidente da Academia Alagoana de Letras
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