O DISCÍPULO FIEL –
“Homem, trabalha intensamente – mas renuncia a cada momento aos frutos do teu trabalho.” (Bhagavad Gita).
“Quando tiverdes feito tudo que devíeis fazer, dizei: Somos servos inúteis; cumprimos a nossa obrigação – nenhuma recompensa merecemos por isso.” (Jesus Cristo).
O homem profano se envaidece de tudo que faz; o homem religioso se envaidece por algum trabalho que acha ter feito a Deus; ambos querem ser reconhecidos e recompensados. Somente o homem consciente e totalmente liberto da prisão do ego entende e segue os ensinamentos citados acima. Somente aquele que chegou à essência do seu próprio ser identifica, em si mesmo, o Cristo como Fonte de toda as manifestações.
O Apóstolo Paulo nos diz: “Em Deus vivemos, nos movemos e temos a nossa existência.”
Quando o homem concebe essa verdade em seu íntimo, cessa a falsa ideia de separação e de independência de Deus. Sente-se apenas canal da Sua vontade. Sabe da importância de sua vida aqui (para o seu próprio aprendizado), e sabe a missão que tem: servir ao próximo, reconhecendo, porém, Deus como único provedor. Sabe que não há privilegiados – suposto que todos somos irmãos e todos conceberemos essa verdade.
Isto é autorrealização, autorredenção, auto encontro. É Cristo dentro si mesmo, e não fora. Isto é ser uno com Deus. É ser crístico – não apenas cristão. É dizer: “Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim.” É seguir na esteira do Cristo: “Eu e o Pai somos um.” E “… o Pai é maior do que eu.”
Ser religioso não é pertencer à uma denominação; ser religioso é estar ligado a Cristo; é viver em sintonia com Deus. É ser realizado espiritualmente. É ser verdadeiramente feliz, pois encontrou a Fonte da verdadeira felicidade!