O ESTÁDIO JUVENAL LAMARTINE –

Na final da década de 1950, morava na rua Mossoró, bairro do Tirol, próximo ao Estádio Juvenal Lamartine.

Os bairros do Tirol e Petrópolis, ainda não tinham recebido calçamento em todas as suas ruas, o que estimulava e ativava a meninada a criar os seus campos de pelada.

Foi nesse clima, nesse cenário, que passei grande parte da minha infância e adolescência.

Fui um contumaz frequentador do Estádio Juvenal Lamartine (JL); não perdia nem treinos de pequenos times; imaginava um dia pisar e atuar na sua velha, memorável e histórica grama. Uma glória, um sonho.

A minha primeira apresentação no centenário Estádio, se deu debaixo de muito empolgação e nervosismo. Foi vestindo a camisa azul e branco da equipe do juvenil do Riachuelo Atlético Clube ( RAC) no final da década de 1950.

Tive uma ascensão rápida, do juvenil, passei logo a fazer parte da equipe principal, pulando o degrau do aspirante, do esfria sol, assim chamado.

Um fato merece registro: na época, acredito que ainda seja assim, quem jogasse no campeonato oficial da cidade, não podia disputar os campeonatos de bairros. Na época estava me preparando para ingressar no famoso e campeoníssimo time do Palmeiras das Rocas. Assim, não cheguei a envergar a honrosa camisa esmeraldina do time suburbano.

No JL, cheguei a consagração, quando com apenas dezenove anos vesti a camisa tricolor da nossa seleção para disputa no certame nacional.

Estádio Juvenal Lamartine, berço, nascedouro e inesquecível do futebol potiguar.

 

 

 

Berilo de Castro – Médico e Escritor

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