O HERÓI DO BICENTENÁRIO –
Somos uma nação com 200 anos, criadora de civilização original no trópico. Padecemos de fraquezas apontadas, como tantas outras civilizações. Temos heróis em todas as áreas do conhecimento. Citamos apenas Villa-Lobos na música; Oscar Niemeyer na arquitetura; Portinari na pintura; na literatura, Machado de Assis. As universidades brasileiras produzem e divulgam ciência de ponta. Com tecnologia inovadora, o Brasil produz aviões destinados às melhores empresas aéreas, máquinas agrícolas singulares como a Farmbot e ajuda a alimentar o mundo.
Câmara Cascudo orgulhava-se dizendo que “O melhor do Brasil ainda é o brasileiro”. Registrei a afirmação em sua biografia “Um Brasileiro Feliz”. Vicente Serejo lembrou a citação da frase pelo presidente Bolsonaro. Curiosamente, Lula, assim como o atual Chefe do Executivo, suprimiu o ainda. O Mestre potiguar usou de sutilezas, o ainda faz pensar que pode surgir coisa melhor, com um sentido de até este momento.
Nenhum povo tem futuro sem heróis reconhecidos. A nossa memória histórica consagra um dos mais notáveis compatriotas, José Bonifácio de Andrada e Silva (1763 – 1838), que estimulou a identidade da Pátria. Homem de saber e de ação: naturalista, mineralogista, poeta e professor. Em suas pesquisas, identificou quatro espécies de metais, entre os quais o lítio, indispensável nas pilhas e baterias, usado nos celulares e nos marca-passos cardiológicos.
O nosso herói estava em Paris durante a Revolução Francesa, entusiasmando-se com a Declaração dos Direitos do Homem. No Brasil, José Bonifácio defendeu a abolição da escravatura e a civilização indígena. Desejava a integração dos povos para criar uma sociedade racial homogênea.
José Bonifácio atuou eficazmente na Independência do Brasil. Quando grão-mestre na maçonaria, impulsionou o movimento libertário. Em carta a Dom Pedro alertou-o para o ato depois chamado Dia do Fico. Exerceu a função de ministro do Estado. Apesar da força de seu caráter, intrigas da Corte fizeram o rei determinar sua prisão e exílio. Na França, muito sofreu e descreveu a sua angústia: “Morrerei no desterro de terra estranha. Para mim o
Brasil não é mãe pátria, pois faltou à justiça”. Ser e não ser, de
sabor shakespeareano, é o título de seu poema.
Dom Pedro, quando decidiu voltar a Portugal, chamou-o de volta e confiou-lhe a tutoria do filho de cinco anos. Em 1831, ele iniciou a formação do futuro intelectual e estadista Dom Pedro II. Aluno e professor na Universidade de Coimbra, o nosso herói levou a sua sabedoria a outros países europeus, onde mereceu respeito e honras. Notável homenagem lhe é prestada pelos Estados Unidos com sua estátua no Central Park, em Nova York, em louvor à sua glória.
Diogenes da Cunha Lima – Advogado, Poeta e Presidente da Academia de Letras do RN
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