O HOJE, AMANHÃ, SERÁ NOSTÁLGICO –
Acordo num ambiente diferente por questões de reforma no lar, e volto a fumegar café no modelo italiano, mudando também no recheio do pão integral, acrescentando geleia de morango, o que dá um toque doce e muito legal no conjunto geral, junto com o queijo branco e as uvas passas.
Degustando o café observo a bela paisagem de Ponta Negra pela varanda, e lembro do texto de um amigo, falando saudoso do passado em Natal.
Na cama uma linda filha de oito anos dorme, e penso que ela ama sua contemporaneidade, seus passeios, suas amizades, colégios, viagens.
Deve adorar os carros que a transportam e os que vê pela janela do nosso, deve amar os aviões que a deixam em São Paulo, Orlando, Rio de Janeiro.
Quando Mel chegar a seus 58 anos, um cinquentenário à frente, conversará ou relatará sobre como era bom seu tempo, vai lembrar dos carros que ainda circulavam sobre a terra, dos aviões que demoravam horas, proporcionando a ela jogar Uno comigo e observar o céu pela pequena abertura.
Mel deverá postar mentalmente no Facebook acessível pelo pensamento, que as coisas eram palpáveis, que ainda usou livros de papel, comeu sanduíches de proteína animal e que a professora era de carne e osso.
Quando o assunto for moradia vai sentir saudade do seu quarto com bonecas que se sentia, dos animais que se podia ter propriedade, e da tv que passava desenhos engraçados.
Se hoje temos carinhoso olhar para o ontem e, ontem, nossos pais igualmente relembravam suas infâncias e suas antiguidades, certamente a mesma sensação ocorrerá com nossos filhos e netos.
A vida não é melhor ou pior em tempo nenhum, a vida simplesmente é. Devemos viver todos os momentos de maneira verdadeira, mergulhar no aqui e no agora e, quando a mente viajar para o que passou, que a felicidade advinda não anule a alegria de ser um ser atual, do presente.
Olhando para trás ou para a frente, estejamos sempre na felicidade do presente.
Uma excelente semana para todos e muita luz!