O MINISTÉRIO DO TRABALHO –

Desde a eleição do Presidente Bolsonaro que a sua equipe econômica vem trabalhando as reformas de ordem administrativa no sentido de aprofundar as medidas neoliberais, uma delas é a que aponta para a consecução do Estado mínimo, adotada pelos países do “eixo de desenvolvimento”, sempre o norte, no entanto, a crise mundial não se reverte.

Uma das propostas é um superministério da economia, incluído fazenda, planejamento, indústria, comércio e serviços, com protestos por todos os lados, com o propósito claro de submeter os setores produtivos aos interesses dos financistas, mas, uma só proposta, para o tratamento exorbitante do pagamento dos serviços da dívida, que abocanha cinquenta por cento do orçamento nacional, até o presente momento não há.

Agora é a vez do Ministério do Trabalho, alegando que não gera emprego, alguns realizam até uma roupagem histórica nas alegações, no entanto não percebem que tem sido este Ministério que vem atenuado as difíceis e complexas relações trabalhistas, tentando dar um equilíbrio de dignidade ao labor, com regulamentações e fiscalização das relações entre empregadores e empregados.

Esta semana no Rio Grande do Norte, a mídia tem noticiado uma ação do Ministério do Trabalho coordenando uma ação conjunta com outras instituições, liberaram trabalhadores em situação análoga de escravo, com trabalho degradante, na extração dos produtos das carnaubeiras e na indústria cerâmica de fabricação de tijolos na Região do Vale do Assú, com repercussão nacional.

O Ministério do Trabalho tem sido essencial nas negociações coletivas de trabalho, pela ação ministerial quantas greves no país deixaram de acontecer, e quantas resultaram, apenas, em Dissídio Coletivo perante a Justiça do Trabalho, no setor canavieiro e da fruticultura irrigada do Estado, anos a fio, vem sendo celebradas as convenções coletivas, com a participação do Estado interagindo entre empregados e empregadores.

A ação do Ministério do Trabalho no que diz respeito à saúde do trabalhador e na segurança do exercício do trabalho, vem agindo pela dignidade e humanização das relações de trabalho, diminuindo os acidentes de trabalho, com repercussão para as famílias, para a boa convivência social e inclusive para a previdência social, na orientação e qualificação dos membros das CIPAs, além de encaminhar as políticas de seguro desemprego e efetuar todas as diretrizes para o FAT.

A extinção do Ministério do Trabalho não se reduz, apenas, uma questão sindical, do cadastro nacional das entidades,  devendo ser ressaltado e reconhecido por demais importante para sociedade civil,  para a formação da cidadania e inclusão social, no entanto, os próximos gestores públicos parecem que representam outros propósitos, mas, a manutenção do Ministério do Trabalho, corresponde a uma das possibilidades de equidade social, um dos pilares do desenvolvimento sustentável.

 

Evandro de Oliveira Borges – Advogado

As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores
Ponto de Vista

Recent Posts

Natal completa 425 anos nesta quarta (25)

Natal comemora 425 anos de história nesta quarta-feira (25). O nome da cidade foi escolhido justamente pelo fato…

14 horas ago

Avião com mais de 60 pessoas cai no Cazaquistão

Um avião da Azerbaijan Airlines com 67 pessoas a bordo caiu perto da cidade de Aktau,…

14 horas ago

‘Rolezinho’ termina com 13 motocicletas apreendidas em Mossoró

Um "rolezinho" terminou com 13 motocicletas apreendidas pela Polícia Militar na madrugada desta quarta-feira (25), dia de…

14 horas ago

PRF prende no RN motorista com carro alugado que deveria ter sido devolvido em 2018

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu nesta quarta-feira (24) na cidade de Ceará-Mirim, na Grande Natal, um…

14 horas ago

Cães participam de ensaio fotográfico de formatura em Natal; veja imagens

Um hotel e creche de cães de Natal realizou um ensaio fotográfico de formatura com alguns…

14 horas ago

Mudanças climáticas e IA serão pautas do Brasil à frente do Brics

O Brasil assume a presidência do Brics em 1º de janeiro do ano que vem…

15 horas ago

This website uses cookies.