O PAÍS DAS MUDANÇAS –
Singapura é uma cidade-Estado tal qual Atenas e Esparta, na Grécia; ou Florença e Siena, na Itália antiga. A ilha, situada no sudeste da Ásia, é um dos menores países do mundo, com cerca de, apenas, 700 quilômetros quadrados.
O país fazia parte da Malásia e foi dominado por outros povos e, por fim, pela Inglaterra. Libertou-se há seis décadas. E aí começaram as mudanças.
Durante cerca de trinta anos, o governo forte implantou a pena de morte ou prisão perpétua para o crime de drogas. Há multas severas para o descumprimento da Lei. Não se pode, por qualquer forma, sujar a cidade. Até mascar chicletes é proibido.
O regime tributário atraiu investidores, principalmente os Estados Unidos.
Graças à sua posição privilegiada, o seu porto ostenta a condição de segundo maior do mundo, superior ao famoso de Roterdã, na Holanda, e somente menor que o de Shangai, na China. É o grande distribuidor de bens e serviços para toda a Ásia e parte da Europa.
A renda per capta dos cidadãos deixou de ser 400 dólares para atingir 70 mil dólares. Nada menos do que 17% das famílias são milionárias.
Singapura sabe vender serviços. Compra tudo do exterior. Pouco produz de alimentos como hortaliças. A industrialização é limitada. A mais curiosa das importações foi de areia do país vizinho, para fazer aterro no mar. Com isso, o seu território cresceu 120 quilômetros.
Apesar do custo de vida ser alto, o turismo se fortalece por equipamentos maravilhosos. O jardim botânico é maravilhoso e único no planeta. A orquídea, símbolo nacional, é representada por sessenta mil dessas flores. Ainda são consorciadas para formar novas orquídeas. Cada uma com nome e placa de ilustres personalidades visitantes. Chama a atenção as homenagens prestadas à Rainha Elisabeth II, a Nelson Mandela e a Joe Biden.
A paisagem tropical encanta. Ao lado, plantas expressivas dos cinco continentes. Entre as árvores, reinam baobás. Lá, é possível aprender que não só são de origem africana, mas também da Austrália. Em elevadas construções, descem cascatas, que asseguram a vida da vegetação de montanhas.
Toda a energia do parque ecológico advém de enormes árvores de metal, que captam energia solar. Esta é destinada também aos shows de luzes, músicas e cantos. Não só os ouvintes das línguas básicas da nação (inglês, mandarim, malaio e hindi), mas também de outras partes, inclusive os brasileiros podem ouvir um pouco da melodia de Ary Barroso.
Hotéis são suficientes e altamente qualificados. Um deles, o Garden Bay, é destinado aos muito ricos. Cobram cerca de quatro mil reais a diária. Sua edificação, com três torres, tem no seu topo uma plataforma em forma de barco. De lá se pode ver a cidade e a barragem de água doce.
Singapura é um país em mudança, dando sempre maior qualidade de vida aos seus habitantes.
Diogenes da Cunha Lima – Advogado, Poeta e Presidente da Academia de Letras do RN