O PAPEL DE MOURÃO E UMA SAÍDA “HONROSA” PARA MADURO –

O vice-presidente Hamilton Mourão fez sensata declaração acerca da negativa de intervenção militar na Venezuela, sugerindo que ‘deixar como está (sob pressão internacional) a situação se resolverá pacificamente’.

A situação dos venezuelanos é digna de holocausto, à medida que fotos divulgadas a partir de celulares de dentro do país vizinho espelham imagens aterrorizantes. Denunciou-se a falta de remédios para diabetes, por exemplo, com alertas de que crianças e idosos já sofrem com riscos de amputação de membros. Nesta semana o mundo assistiu estarrecido ao vídeo com pessoas comendo restos de carne de uma caçamba de lixo! E tal fato se repete inclusive em bairros de pessoas antes remediadas! Uma tragédia anunciada, que agora se revela ao mundo.

E o Brasil? Como fica nosso papel de conciliação que pode ser relevante para se alcançar uma saída de salvação. É lamentável que nem todos os políticos brasileiros estão disposto a questionar a ditadura cruel por razões ideológicas. O silêncio não ajuda, no que poderia ser mais uma pressão lógica para deter a ação tresloucada desse personagem trágico sul-americano.

Embora o intransigente ditador tenha questionado a “legitimidade” da cimeira do Grupo de Lima, na Colômbia, o mundo está atento às providências necessárias de cunho humanitário. Se China e Rússia não atuarem para reverter o estado de sofrimento de um povo, apenas para resguardar um aliado incômodo, os olhos da imprensa internacional reagirão muito mais com a crítica.

Ainda existe o imbróglio das intenções expressadas pelo presidente Trump, e o vice Mourão ainda teve novo ponto de vista elementar, porém bem apropriado, ou seja, ao dizer que  o Brasil não permitirá o uso de ser território para qualquer intervenção contra o país vizinho.

Para concluir, Mourão enfeixou a máxima que atende a toda nação democrática que vive drama semelhante: a solução deve ser sem “medidas extremas” e a saída do atual governo da Venezuela com a imediata convocação de eleições presidenciais no país, logicamente, com amparo de observadores internacionais.

Espera-se que o desfecho seja breve e com melhor consenso possível, para que seja mitigado o  sofrimento do povo irmão do continente sul-americano.

 

 

Luiz SerraProfessor e escritor

 

 

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