Saborear uma boa galinha torrada surrupiada no sábado de aleluia.
Malhar o judas no sábado da aleluia.
Jogar peladas nas ruas largas e de frouxo areial, nos bairros de Tirol, de Petrópolis e no campo duro da Salgadeira.
Tomar banho no poço de dentão (praia do forte).
Assistir ao jogo ABC X América, no Juvenal Lamartine, no “conforto” dos galhos das mangueiras do sítio das freiras.
Gastar o dinheiro da entrada do jogo, saboreando o inigualável e cheiroso cachorro-quente em pão fatiado, vendido em frente ao campo.
Jogar conversa fora, à noite, na Praça Kennedy.
Vibrar com as retretas da Banda de Música da Polícia Militar, na Festa da Apresentação, na Praça André de Albuquerque.
Participar dos jogos estudantis e ganhar do Colégio Marista, jogando futebol pelo Atheneu.
Assistir a filmes faroestes americanos, no sábado de manhã, no Cinema Rex.
Almoçar no Restaurante Galinha de mãe, no domingo.
Comer uma saborosa carne assada do Lira.
Almoçar um bom peixe na Peixada da Comadre.
Tomar um caldinho quente de feijão preto na Tenda do Cigano, na praia do meio, no final da farra, para amenizar a fome e os efeitos colaterais etílicos.
Nadar no rio Potengi e descobrir suas gamboas.
Tomar umas geladinhas no Bar Briza del Mare, na margem do rio Potengi, em noite de lua.
Pegar caranguejo na lama dos manguezais do outro lado do rio Potengi, na maré
Pescar com isca de tamaru (espécie de camarão de lama) no navio velho semiaterrado do outro lado do rio Potengi.
Ir de bote à vela, nos domingos, para a praia da Redinha.
Ver e admirar o trabalho artesanal do mestre Isac em seu estaleiro construindo botes, na margem do rio Potengi.
Participar das festas no Redinha Clube.
Soltar pipas (corujas) inocentes e coloridas, sem cerol.
Assistir brigas de galo no rinhadeiro da avenida Alexandrino de Alencar.
Presenciar as mais inusitadas apostas entre Liliu, Tatu e Nilsen Farol.
Assistir às disputadas regatas no estuário do rio Potengi, entre Náutico X Sport.
Admirar as robustas lutas corporais e as “marmeladas” entre os lutadores Aderbal, Bernardão e Takiano.
Presenciar as belas disputas de futebol de salão entre ABC, America e Bola Preta, no Palácio dos Esportes.
Estudar no Colégio Atheneu Norte-Riograndense.
Conviver com o secundarista Manoel Filgeiira Filho (Pecado), o líder nato.
Tirar o sal do corpo depois do banho de mar, nos tanques de águas doces e frias (piscinas) da Praça Pedro Velho.
Criar trilhas e comer camboim (fruta silvestre) nas dunas da mata atlântica por trás do Juvenal Lamartine.
Vibrar e se empolgar com a torcida do Alecrim FC, no seu habitat especial no JL, a mais fiel e barulhenta da cidade.
Vestir com honras duas camisas 5: uma do time “Periquito” – Alecrim – bicampeão da cidade (1963/4); outra do tricolor da nossa seleção Estadual; e, finalmente, a de número 6 do América, campeão de 1967.
Berilo de Castro – Médico eEscritor, berilodecastro@hotmail.com.br
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