O RACISMO AMERICANO –
Os EUA, O Brasil e o Caribe foram às regiões do colonialismo Europeu que mais receberam escravos, no Brasil e o Caribe para desenvolver a empreitada do açúcar voltada para o comércio com a Europa e nos Estados Unidos dirigidos para a cultura do algodão, com todas as mazelas internacionalmente conhecidas do violento tráfico negreiros que os mais resistentes conseguiam sobreviver a travessia do Atlântico.
Quando da chegada à separação dos africanos, a comercialização nos mercados, a imposição de uma disciplina rígida com violências físicas, a baixa alimentação e de péssima qualidade, e o destino final para o trabalho árduo, sem descanso, que os vitimavam com idade ainda jovem, com raras exceções, e o resultado que a História registra, no Brasil, no Caribe e na guerra da secessão americana.
A cultura do escravismo e o tratamento desumano continuou chegando nos EUA as raias do “apartheid” precisando de uma grande campanha civilista liderada por Martin Luther King Jr. um pastor protestante batista, contra o racismo, realizada de forma pacífica e pela desobediência civil, depois incorporando os gritos da pobreza e contra a guerra do Vietnã, recebeu o prêmio nobre da paz, e foi assassinado em Memphis, no dia 04 de abril de 1968.
As marcas das lutas pela igualdade racial nos Estados Unidos estão por toda parte registradas em livros, artigos e filmes, de pessoas que venceram a descriminação para ingressarem em Universidades, em órgãos públicos, no tratamento do cotidiano, em bares, restaurantes, banheiros, transportes, nas moradias, no acesso ao comércio, nas escolas e na cultura, foi uma luta sem quartel contra grupos e o Estado, com muitas vítimas de morte e de muito abatimento a moral.
A morte acontecida com afrodescente George Floyd por asfixia praticada por policiais, representando uma ação do Estado, além da violência contra a vida humana, foi uma operação de Estado, e a postura do Presidente da República, republicano e conservador asseverou os ânimos, motivando os continuados protestos, com intensas mobilizações populares nas principais cidades Americanas.
O Presidente da República a todo momento, procura um culpado, ora são os governadores democratas, ora uma orquestração da mídia, ameaça convocar as forças militares para contrapor as mobilizações pacíficas, com alguns senões é verdade, em virtude da forte indignação e inconformismo, pelo crime de Estado praticado contra um homem já dominado.
A melhor postura do Presidente era pedir desculpas a sociedade Americana e a humanidade, afirmando a apuração do caso com rigor e sem tréguas, até a penalização dos culpados, e abrir ações proativas de pacificação das relações humanas na sociedade americana para o bem da humanidade e para servir de exemplo, mas, a postura é outra favorecendo o acirramento.
Evandro de Oliveira Borges – Advogado