O SAL E A PRESSÃO ARTERIAL –

Há muito conhecemos a íntima associação danosa entre o sal e a pressão arterial.

Por muito tempo essa intimidade tem levado a  implicações e consequências sérias para a saúde, com maior morbimortalidade para a população devido à gravidade da hipertensão arterial.

O sal (cloreto de sódio), ao ser ingerido em grande quantidade, acima de 2 gr/dia (1/2 colher das de café ), é absorvido pelo intestino, entrando na corrente sanguínea, promovendo a absorção de líquidos, com  aumento de volume de fluidos nos vasos sanguíneos, elevando os níveis da pressão arterial (hipertensão arterial – HA).

A população de hipertensos é muito alta no mundo todo, com maior incidência nos afrodescendentes, tornando-se um problema de saúde pública muito sério, responsável por 40% dos infartos agudos do miocárdio (IAM), 80% dos acidentes vasculares cerebrais (AVC) e 25% das insuficiências renais crônicas (IRC). O pior: trata-se de uma doença silenciosa e que raramente se manifesta clinicamente com uma discreta dor de cabeça na região occipital. Assim sendo, a sua abordagem clínica se faz em cima daqueles portadores de seus múltiplos fatores desencadeantes ou predisponentes, como: os obesos, os fumantes, os sedentários, os alcoólicos, os estressados crônicos, os que abusam da ingesta excessiva de sal, os tomadores crônicos de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos; não esquecendo o fator genético, o mais prevalente e, infelizmente, não corrigível.

Na tentativa de diminuir a grande incidência de hipertensão arterial na população geral, os órgãos de saúde governamentais e as Associações Médicas têm procurado chamar a atenção, com programas de medidas preventivas, sendo as mais enfáticas a redução do consumo de sal, a mudança no estilo de vida, com a reeducação alimentar e a prática regular de atividade física.

É alarmante quando falamos que a hipertensão arterial e a diabetes são as maiores causadoras de doença renal crônica que necessita de hemodiálise e transplante renal.

Um bom conselho: a prevenção, voltada para a correção dos seus fatores causais e, quando instalada, procurar de imediato a orientação médica especializada.

 

 

Berilo de Castro – Médico e Escritor –  [email protected]

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