Os preparativos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vão além dos estudos. Em Natal, uma escola realiza oficinas que englobam cuidados com o corpo, a mente e a espiritualidade dos alunos que vão realizar as provas em 2021.

As ações valorizam o desenvolvimento do autoconhecimento, beneficiando o desempenho educacional, sem deixar de lado a saúde global dos alunos. “A 3ª série do Ensino Médio é um período cheio de desafios, pois é um momento de inícios e términos de ciclos e também de decisões acerca do futuro. As oficinas surgem como uma forma de amenizar os sintomas de medos, ansiedades e angústias que os alunos podem sentir em virtude da alta demanda de estudos”, explica a psicóloga Sheila Salustino, do Colégio Nossa Senhora das Neves.

Com as mudanças no estilo de vida impostas pela pandemia, os cuidados com a saúde mental merecem ser redobrados. O professor de Educação Física Lucas Macêdo conta que a realização de técnicas de relaxamento, alongamento, automassagem e meditação são importantes para manter o corpo e a mente sãos antes e durante o Enem. Há também um espaço para que os alunos possam falar sobre o que estão sentindo. “Existe um momento em que eles podem desabafar sobre suas emoções e sentimentos, pois entendemos que isso é um processo terapêutico. Ao falar, o aluno passa a ter uma maior consciência sobre as suas emoções e os colegas, ao ouvirem os depoimentos, passam a entender que todos estão passando por alguma dificuldade e, juntos, podem se ajudar”, frisa Lucas.

“Participar das oficinas é uma experiência muito interessante e importante, por ser realizada em um momento em que nós, alunos, sentimos uma pressão muito grande por resultados. Essa pressão é amenizada durante as oficinas. A ajuda de toda a equipe é muito importante”, conta a estudante Maria Clara Medeiros, de 17 anos, que tem o sonho de cursar fisioterapia.

Consciência corporal, questões sobre empatia, perdão, projeto de vida, diálogos sobre família, sonhos e sentimentos são alguns dos temas trabalhados nas oficinas. Todas são baseadas na tradicional lenda japonesa Tsuru. A história conta que quem fizesse mil tsurus – aves de dobraduras de papel – alcançaria uma graça ou teria um sonho realizado.

“Os estudantes escrevem as suas considerações em um tsuru em cada oficina realizada. As atividades culminam no Dia da Espiritualidade, que acontece no fim do ano letivo, onde os mil tsurus formam uma colcha de retalhos das histórias, vivências e partilhas, tornando-se uma jornada de autoconhecimento para cada um deles”, relata o professor de Ensino Religioso, Padre Jarbas Batista.

Fonte: G1RN

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