Casos prováveis de ômicron no Brasil (dezembro/2021) — Foto: Instituto Todos pela Saúde (ITPS)

Um levantamento feito pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS) apontou que a incidência da variante ômicron em oito estados brasileiros é de 31,7%. A análise foi feita em parceria com os laboratórios Dasa e DB Molecular, que verificaram testes RT-PCR coletados entre os dias 1 e 25 de dezembro, em 16 estados.

Foram analisados 30.483 testes. Desses, 640 foram positivos, sendo 203 casos prováveis da nova cepa. A ômicron estava presente em testes de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia, Goiás, Santa Catarina e Tocantins. São Paulo e Rio de Janeiro detectaram a ômicron em mais de 50 testes.

Segundo balanço do Ministério da Saúde, divulgado na terça-feira (28), o Brasil tem, oficialmente, 77 casos confirmados de ômicron e há 211 outros em investigação.

“Considerando os casos de ômicron, sua rápida disseminação e a atual epidemia de gripe, recomendamos cautela neste período de festas de fim de ano. Máscara, distanciamento e boa circulação de ar em ambientes fechados são estratégias importantes contra a ômicron e o vírus da gripe”, alertam os pesquisadores.

Para detectar a nova variante, os laboratórios utilizaram o teste RT-PCR e não fizeram o sequenciamento genético. “A ômicron possui diversas mutações e deleções (remoções de fragmentos de genes). Uma deleção em particular afeta os códons 69 e 70 do gene S (na linhagem Ômicron BA.1). Alguns testes RT-PCR falham na detecção da região deletada, e assim podemos detectar a ômicron”.

‘Tsunami’ de casos, diz OMS

A Organização Mundial de Saúde (OMS) voltou a alertar, nesta quarta-feira (29), para o aumento mundial de novas infecções; o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, chamou a situação de “tsunami de casos”.

Em um boletim publicado na terça-feira (28), o monitoramento da OMS aponta que, na última semana – de 20 a 26 de dezembro –, houve um aumento de 11% nos registros de novos casos de Covid em relação à semana anterior. Quase 5 milhões de novas infecções foram registradas.

“A ômicron está se movendo tão rapidamente que, além da vacinação, medidas sociais de saúde pública também são necessárias para conter a onda de infecção pela Covid-19, proteger os trabalhadores e sistemas de saúde, abrir sociedades e manter as crianças na escola”, acrescentou.

Fonte: G1

 

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