A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta sexta-feira (8) uma emergência de saúde pública mundial pela epidemia de ebola no oeste da África, que deixou até agora mais de mil mortos.

O comitê de urgência da OMS, que se reuniu na quarta (6) e quinta-feira (7) em Genebra, “considera de forma unânime que são dadas as condições” para declarar “uma emergência de saúde pública de alcance mundial”, indicou em um comunicado. “Uma resposta internacional coordenada é essencial para frear e fazer retroceder a propagação internacional do ebola”, acrescentou o comitê.

A epidemia de ebola é a mais importante e a mais severa em quatro décadas, ressaltou em uma coletiva de imprensa a diretora-geral da OMS, Margaret Chan.

A diretora estimou que os países do oeste da África afetados pela epidemia “não podem enfrentá-la sozinhos” e convocou “a comunidade internacional a fornecer o apoio necessário”.

Embora o comitê tenha excluído impor restrições às viagens ou ao comércio internacional, indicou que os “Estados devem se preparar para detectar e tratar os casos de doentes” e “facilitar a evacuação de seus cidadãos, em particular as equipes médicas, expostas ao ebola”.

O comitê ressalta que os chefes de Estado dos países afetados têm que decretar estado de emergência e “se dirigir pessoalmente ao país para fornecer informação sobre a situação”.

Keiji Fukuda, vice-diretor-geral da OMS encarregado da epidemia, explicou que as pessoas atingidas precisam ficar 30 dias em quarentena porque o tempo de incubação do vírus é de 21 dias.

As pessoas que estão em contato com os doentes – com exceção das equipes médicas, que têm uma roupa de proteção – não devem viajar, indicou Fukuda.

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