A Organização Mundial da Saúde (OMS) passou, nesta terça-feira (16), a considerar todo o estado de São Paulo como área de risco de febre amarela.
Segundo o secretariado da entidade, a decisão foi tomada “considerando o aumento da atividade do vírus” observado na região.
“Consequentemente, a vacinação contra a febre amarela é recomendada para viajantes estrangeiros que visitem qualquer área no estado de São Paulo”, diz a OMS, em comunicado.
Nesta terça-feira (16), o governo de São Paulo anunciou que a vacinação fracionada contra a febre amarela em 54 municípios do estado será antecipada para o dia 29 de janeiro. Anteriormente, o governo havia anunciado que a aplicação das doses seria realizada a partir do dia 3 de fevereiro.
A entidade aconselha também quem vai viajar para o estado a adotar medidas para evitar picadas de mosquitos, fique atento para os sintomas da doença e procure atendimento durante ou após a visita, em caso de suspeita da doença.
“A determinação de novas áreas consideradas de risco de transmissão de febre amarela é um processo contínuo, e atualizações serão fornecidas regularmente”, diz a OMS.
Por enquanto, o Ministério da Saúde incluía apenas o oeste do Estado de São Paulo como área de risco.
Até esta terça-feira (16), a recomendação do governo do estado e da Prefeitura de São Paulo era que somente as pessoas que residem nas áreas de risco, regiões perto de matas em que foram encontrados macacos mortos com o vírus da febre amarela, tomassem a vacinação convencional. As demais pessoas, que vivem fora da área de risco, devem esperar o início da vacinação fracionada.
A Secretaria Estadual da Saúde confirma 21 mortes por febre amarela silvestre no estado desde janeiro de 2017, segundo dados divulgados no último dia 12.
Também foram confirmados 40 casos autóctones (quando a doença é contraída na própria cidade e não vem de pessoas que viajaram para regiões afetadas) de febre amarela silvestre no estado desde janeiro de 2017. Não há casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942.
De acordo com o governo estadual, os locais de infecção que resultaram em morte ocorreram nos municípios de Américo Brasiliense, Amparo, Atibaia, Batatais, Itatiba, Jarinu, Mairiporã, Monte Alegre do Sul, Nazaré Paulista, Santa Lucia e São João da Boa Vista.
A cidade de Mairiporã, que faz divisa com a capital paulista, é uma das que registrou o maior número de contaminações por febre amarela – foram 42 registros e 3 pessoas mortas – sendo que dois dos mortos são residentes na cidade e uma delas estava em trânsito. A Secretaria de Saúde da cidade afirma que mais de 90% da população já foi vacinada.
Desde a confirmação de novas mortes por febre amarela, os postos de saúde do estado, incluindo os da capital, têm ficado lotados e com fila de horas de esperar para a imunização contra a doença com a dose convencional. Apesar da corrida aos postos, a Secretaria Estadual da Saúde diz que não há motivo para pânico.
Fonte: G1
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