/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2025/B/C/rSg2TfQ5CCGpLl6XOJLA/globo-canal-4-20250217-2000-frame-97838.jpeg)
O ano de 2025 ainda não tem 50 dias, e o Brasil já enfrenta a terceira onda de calor do ano. Seis estados do Centro-Sul estão sob alerta do Instituto Nacional de meteorologia.
Que calor é esse? Quem não disse ou ouviu essa frase nessa segunda-feira (17) em boa parte do Centro-Sul do país? Pelo menos seis estados – Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul – estão sob alerta do Inmet – o Instituto Nacional de Meteorologia – para uma onda de calor.
No Rio de Janeiro, os termômetros marcaram 41,3ºC. Em uma escala de 1 a 5, a cidade atingiu, pela primeira vez, o nível de calor 4 – que é quando a temperatura fica entre 40ºC e 44°C por pelo menos três dias consecutivos. Esse índice foi criado em junho de 2024 e leva em consideração, além da temperatura, a umidade do ar e o período de exposição ao calor.
“Muito quente mesmo, o calor está demais. Quem não está acostumado, meu filho, nem fica aqui”, diz um homem.
No litoral de São Paulo, um espaço com sombra estava sendo mais procurado que o banho de mar.
“Vamos dizer assim, insuportável. Não dá nem para pisar na areia de chinelo porque queima o pé”, conta um homem.
“Estou usando boné, óculos… Qualquer forma de se proteger do sol, a gente se protege. Mas não deixa de vir na praia”, diz a atendente Tuany Oliveira.
Onda de calor é até esperada no mês de fevereiro em boa parte do país. Mas, agora, um sistema de alta pressão, como se fosse uma tampa de panela sobre o país, está elevando ainda mais as temperaturas.
“É uma compressão da atmosfera que inibe a formação de nuvens e de chuva. Então, boa parte do calor que seria refletida pelas nuvens ou evaporaria a chuva, ela vai se converter em mais calor”, explica o pesquisador do Cemaden Giovanno Dolif.
Não é só a temperatura nesta época do ano. Tem também a maneira como a gente sente o calor. É que a umidade relativa do ar também está mais alta. Com isso, o suor não consegue evaporar o suficiente para reduzir a temperatura corporal. Essa tal sensação térmica pode chegar a 5, 6, 7 graus acima do que está marcando o termômetro.
Em Santos, a temperatura chegou a 40°C, mas a sensação térmica foi de 43ºC. O médico do esporte Fabio Baptista reforça uma orientação básica que não pode ser esquecida nesse período: a hidratação.
“Deve ser algo programado. Você deve deixar sua garrafinha de água ao lado do seu ponto de trabalho, ao lado da sua cama, para que você se hidrate durante a noite, se hidrate antes do exercício físico, para você não se expor tanto e atenuar esses efeitos tão ruins do calor em excesso”, afirma.