Valério Mesquita*
O oculto está à nossa volta. O mistério circunda as nossas vidas. Quando Jesus virá novamente? Quero trazer sempre à memória aquilo que me dá esperança. Por isso creio no invisível para não me suicidar no palpável. O visível encerra vícios redibitórios. Mas, também, sem ser ufólogo, preocupo-me com os extraterrestres que sobrevoaram o mundo tantas vezes e hoje, em que galáxia se escondem? Desde o início do século mais de vinte ocorrências de objetos voadores não identificados foram manchetes de jornais em todo o mundo. Avistados por milhares de pessoas, fotografados, filmados, televisionados e até restos de naves foram recolhidas para exame, sem explicações satisfatórias até agora.
Observador atento dos canais de televisão nacionais e internacionais e dos jornais, nunca mais tomei conhecimento de nenhuma aparição luminosa nos céus que me devolvesse a curiosidade cientifica ou a percepção da existência de seres interplanetários, como aprendi na meninice com Flash Gordon.
Outros, impressionados, chegaram a indagar: “Seriam os deuses astronautas?” A terra, pelos seus governos, preocupou-se bastante, por décadas, com os recados dos céus. Mas, surpreendente e inimaginável é o fato dos discos voadores não aparecerem mais no firmamento. Não há mais registros, nem aqui, nem alhures, como diria o esotérico Marlindo Pompeu.
O sentimento atávico do homem pelo sobrenatural não é apenas bíblico. Remonta às civilizações pagãs que procuravam ler e decifrar o que se achava escrito nas mais remotas estrelas. Os astrólogos, os poetas, os feiticeiros, todos, usaram as sombras, os símbolos e os fantasmas do espaço infinito como veículos cambiantes de suas crenças. E como eram líricas as circunvoluções dos discos a ponto de me induzir a voar com os marcianos (planeta Marte), de onde achávamos provenientes. A chegada do homem à lua, vaga, vazia e vadia, muito me decepcionou. Tornou-se um celeste santuário mórbido, seduzido e abandonado.
Onde estão os objetos voadores não identificados? Por que não se comenta mais sobre eles? Não posso crer que tudo foi uma farsa. Ilusão, obra inventiva do homem. Que doce e sedutor enigma não vestiu os dias e as noites do mundo todo no século vinte! Resta-me indagar sobre o silêncio, a invisibilidade, o desaparecimento e o mistério que ficou de tudo isso. Persiste algo oculto por acontecer? Continuamos sozinhos no universo? O ser humano não pode viver sem mistério, sem verdade de fé inacessível à razão. E viva a ovniologia!
Valério Mesquita – Escritor e Presidente do IHGRN – Mesquita.valerio@gmail.com
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