Policial civil durante operação na sede do Detran, no Rio Grande do Norte — Foto: Gustavo Brendo/Inter TV Cabugi
Policial civil durante operação na sede do Detran, no Rio Grande do Norte — Foto: Gustavo Brendo/Inter TV Cabugi

Uma operação deflagrada na manhã desta sexta-feira (22) pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte cumpriu 13 mandados de busca e afastou das funções públicas seis servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) suspeitos de fraude nos exames para emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Um policial militar alvo de um dos mandados de busca e apreensão chegou a ser preso em flagrante, durante a operação, por ter sido encontrado com uma arma de fogo sem registro. Ele foi levado à delegacia e teve fiança arbitrada pelo delegado responsável, segundo a polícia.

Os 13 mandados de busca e apreensão determinados pela Justiça foram cumpridos contra servidores do órgão, despachantes e atravessadores. Segundo a polícia, os investigados poderão responder por crimes como corrupção passiva, corrupção ativa e inserção de dados falsos em sistemas da administração pública.

A Justiça também determinou o afastamento de seis examinadores e a restrição de acesso às imediações do Detran de mais cinco pessoas pelo risco de realizarem mais crimes.

A ação conduzida pelo Departamento de Combate a Corrupção e Lavagem de Dinheiro foi denominada Operação Habilis Facilis. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Natal, Parnamirim, Vera Cruz e Macaíba, no Rio Grande do Norte; além de Nova Iguaçu (RJ) e Rio de Janeiro.

Procurada, a assessoria de imprensa do Detran ressaltou que o órgão deu apoio à operação e que um representante deve participar de uma entrevista coletiva agendada pela Polícia Civil para o início da tarde desta sexta-feira (22).

Esquema

De acordo com as investigações, o suposto esquema criminoso consistia em realizar os exames teóricos em outros estados e apenas o teste prático de direção veicular no Detran, onde o candidato pagava aos despachantes ou aos atravessadores para ter aprovação garantida na “prova prática”.

No dia do exame, os candidatos eram direcionados para examinadores que faziam parte do esquema e eram aprovados. Em muitos casos o candidato sequer entrava no veículo, segundo a polícia.

A investigação da Polícia Civil do Rio Grande do Norte contou com o apoio do Detran, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Fonte: G1RN

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