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Operação resgatou em julho 337 trabalhadores em situação análoga à escravidão, informa PGR

Apresentação de balanço, na sede da PGR em Brasília, de operação de combate ao trabalho escravo — Foto: Rosanne D’Agostino/g1

A Operação Resgate 2, ação conjunta que reuniu diversos órgãos públicos no combate ao trabalho análogo à escravidão, resgatou 337 trabalhadores neste mês.

O balanço das ações foi divulgado nesta quinta-feira (28) na Procuradoria Geral da República (PGR) , em Brasília. Esses trabalhadores foram resgatados em 22 estados e no Distrito Federal.

A operação reuniu Ministério Público Federal (MPF); Subsecretaria de Inspeção do Trabalho, do Ministério do Trabalho; Ministério Público do Trabalho (MPT); Polícia Federal (PF); Defensoria Pública da União (DPU); e Polícia Rodoviária Federal (PRF).

O subprocurador-geral da República Carlos Frederico disse que a operação demonstra que o trabalho escravo “não é uma ficção, mas uma realidade que tem que ser banida”.

Além do resgate de trabalhadores, a operação busca:

  • verificar o cumprimento das regras de proteção ao trabalho;
  • permitir a coleta de provas para responsabilizar, na esfera criminal, os responsáveis pela exploração dos trabalhadores;
  • assegurar a reparação dos danos individuais e coletivos causados aos resgatados.

 

Segundo o balanço, Goiás e Minas Gerais foram os estados com mais pessoas resgatadas.

O balanço divulgado

Conforme o balanço divulgado nesta quinta-feira, os trabalhadores foram resgatados principalmente em serviços de:

  • colheita em geral;
  • cultivo de café;
  • criação de bovinos para corte.

O balanço também apresenta outros dados, entre os quais:

  • foi flagrado trabalho escravo em uma clínica de reabilitação de dependentes químicos;
  • seis trabalhadoras domésticas foram resgatadas em cinco estados;
  • cinco crianças e adolescentes foram flagrados em situação análoga à escravidão;
  • quatro cidadãos estrangeiros (Paraguai e Venezuela) foram encontrados em situação análoga à escravidão;
  • ao menos 149 pessoas também foram vítimas de tráfico de pessoas.

O que acontece após a fiscalização?

Conforme o balanço da operação, após a fiscalização, os empregadores foram notificados e deverão:

  • interromper as atividades;
  • formalizar o vínculo empregatício;
  • pagar as verbas salariais e rescisórias devidas aos trabalhadores (R$ 3,8 milhões).

 

Além disso, os empregadores poderão:

  • ser responsabilizados por danos morais individuais e coletivos;
  • pagar multas administrativas;
  • se tornar alvos de ações criminais.

 

Cada um dos trabalhadores resgatados também recebeu três parcelas do seguro-desemprego especial para trabalhador resgatado, no valor de um salário-mínimo cada.

Serão lavrados pelos auditores-fiscais do Trabalho aproximadamente 669 autos de infração, entre eles de trabalho análogo ao escravo, de trabalho infantil, falta de registro na carteira de trabalho e descumprimento de normas de saúde e segurança no trabalho.

A Operação Resgate 2 é a maior ação conjunta no país com a finalidade de combater o trabalho análogo ao de escravo e o tráfico de pessoas.

Fonte: G1

Ponto de Vista

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