OS GENOCIDAS I: ADOLFO –
Ultimamente a palavra genocida tem sido muito citada, porém poucos sabem o seu real significado: extermínio deliberado, parcial ou total, de uma comunidade, grupo étnico, racial ou religioso. Hoje vamos falar do mais notório.
Adolf Hitler (1889-1945), nascido na Áustria, foi chanceler da Alemanha de 1933 a 1945. Fundador e líder do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (o partido nazista), liderou, em 1923, uma conspiração conhecida como o “putsch de Munique”. Foi condenado a cinco anos de prisão, no entanto, só cumpriu nove meses da pena. No cárcere, escreveu o primeiro volume de “Minha luta”, livro que propagou o nazista, expondo a pretensa superioridade da raça ariana (representada pelo povo alemão), a predestinação do Führer, (líder dos alemães) para impor o estado germânico sobre o resto do mundo e o ódio aos judeus e “demais povos inferiores”.
O problema estava na falsidade da teoria da raça ariana. Ela teve início em 1808, em uma simples hipótese de linguística, do escritor alemão Friedrich von Schlegel. Em seus estudos ele encontrou características comuns entre o sânscrito e o persa, de um lado, e as línguas alemã, sueca e holandesa, do outro. Dessas observações ele intuiu uma hipótese para uma língua ancestral comum, o “ariano”, falada pelo povo “ariano”, que teria habitado a terra de Areia ou Ariana. Essa teoria foi logo posta de lado em virtude das descobertas subsequentes, realizadas por próprio Schlegel, e por outros filólogos, arqueólogos e sociólogos. Em 1814, Thomas Young identificou um grande tronco linguístico que abrangia a Europa, a Ásia ocidental e a Índia, chamando-o de “indo-europeu”. Sabe-se hoje que os povos indo-europeus são originários das estepes da Ásia central, de onde migraram para a Europa e para a Índia no fim do período neolítico, e que, embora tivessem um só tronco linguístico e afinidades culturais comuns, não formavam uma raça específica.
Mesmo assim, entre 1853 e 1855, Joseph-Arthur de Gobineau, conde, diplomata e historiador francês, publicou o livro de “Ensaio sobre a desigualdade das raças humanas”, fazendo a apologia da “raça ariana”, elegendo-a como a raça superior, composta de homens e mulheres altos, fortes, louros e dolicocéfalos, que habitavam principalmente o norte da França, a Inglaterra, a Bélgica e a Alemanha. Sua teoria da raça pura ariana foi um dos sustentáculos do projeto que visava à união de todos os povos germânicos em um único país e do antissemitismo nazista.
Outro fato, esse involuntário, foi usado para a defesa do racismo. Em 1865, o inglês Francis Galton, antropólogo, estatístico, matemático, meteorologista e primo de Charles Darwin, começou a formular os princípios da eugenia, fazendo uso de elementos do positivismo e do darwinismo. A eugenia seria uma ciência voltada para o aperfeiçoamento da raça humana, tendo por base a premissa de que o homem, como os outros animais, sofreria evolução biológica. Essa evolução física, por sua vez, seria a base da evolução moral. Essa nova “ciência” objetivaria estudar as condições mais propícias à reprodução e melhoramento genético do ser humano, através de três medidas práticas: educação sexual e procriação sadia; combate aos vícios e às doenças morais (alcoolismo, antipatriotismo, tuberculose e sífilis), e esterilização ou restrição de casamentos de pessoas consideradas ineptas à procriação. A eugenia foi aceita e incorporada por várias correntes do pensamento pseudocientífico.
Montado nessa cadeia de enganos e engodos, em 1933 Hitler foi nomeado chanceler e, logo em seguida, nomeou-se presidente, comandante supremo das forças armadas e Führer do Terceiro Reich, assumindo poderes ilimitados, com o que perseguiu todos os grupos opositores. Criou a Gestapo (uma polícia política) e mandou construir campos de concentração para onde mandava judeus, eslavos, ciganos, homossexuais etc. Organizou, ao mesmo tempo, uma avançada indústria de guerra, que converteu a Alemanha no país mais bem armado da Europa. Com os ataques à Tchecoslováquia e à Polônia, deu início à Segunda Guerra Mundial. As forças militares nazistas foram responsáveis pela morte de 55 milhões de pessoas. Depois de alguns anos de vitórias retumbantes e antevendo a derrota iminente, suicidou-se quando os soldados soviéticos já entravam em Berlim.
Tomislav R. Femenick – Jornalista e historiador, do IHGRN
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