Quem tem medo do “movimento “rural” dos sem terra”? O fim colimado é mesmo a reforma agrária? O fato é que hoje não podemos falar com segurança da tipologia do seu objetivo. Os limites do respeito a constituição federal foram ultrapassados e desfigurados. A paisagem do campo virou ruínas, escombros, destroços. O governo federal tem sido tolerante e vacilante com as providências enérgicas no tocante as invasões violentas. Em vez de fechar o cofre que financia as hordas de badernagem o caminho que se abre, ao contrário, é o do contágio, o da contaminação. A presidenta, apenas, deplora e classifica de “vandalismo” mas não age, parecendo que os dois corpos perderam o controle de suas fronteiras e entraram em estado de mútua infecção. Começa-se a perceber que existem canais de irrigação que se interligam tal e qual o movimento circulatório, levando ao país a dúvida da identidade dos protagonistas. São as ligações perigosas.
O que é a reforma agrária? Como fizeram os outros países de maneira pacifica e ordeira? O proprietário rural, hoje no Brasil, o que quer, ou o que ainda pode querer para tornar a sua terra produtiva, diante da ficção e a dicção da presidenta quando fala sobre a terra, o campo, o grande sertão e as veredas? A sua linhagem, capta-se logo, fica sob suspeita e a dinamite nas mãos dos grupos de ataque. O governo federal esculpe uma máscara oca e simulada, sustentando e frustrando tudo isso com a goma da autoridade deletéria. Por exemplo: na invasão da fazenda produtiva do grupo Crutale, quem vai apurar a destruição perpretada pelo MST é a polícia civil e não a federal. Isto porque, o crime maior praticado foi o desrespeito frontal a constituição federal e não apenas um ilícito comum de quadrilhas de esbulhos possessórios. Daqui que ouça e indicie cada um dos participantes e a polícia técnica conclua os laudos serão transcorridos meses e anos sem punibilidade.
A proliferação dessas ações sem freio da presidenta da república que tem a força hercúlea de ofuscar os escândalos da Petrobrás, de sepultar comissões parlamentares de inquérito contra o seu governo; de escalar o time do Corinthians; de derrotar Barack Obama nas olimpíadas de 2016; de transformar a embaixada brasileira em Tegucigalpa em abrigo para o retorno de um político hondurenho deposto; de surfar sobre as marolas da crise econômica mundial, com simulado gosto de aventura – por tudo isso em meio as agonias e suspeitas – não consigo compreender porque o banditismo desastroso do século passado voltou, mascarado e estimulado financeira e oficialmente por cânones e contas secretas. Não é necessário mais adjetivar o MST que se expande e desafia. Dilma não está sendo iludida pelas miragens da novidade, do choque e da desordem. O que se pede é a disposição para assumir a defesa da constituição e a coragem para enfrentar as incertezas que as depredações acarretam ao futuro da nação.
Tanto os habitantes da urbe como os do interior vivem a mercê da violência. Perplexidade que deve ser enfrentada, não com as muletas da demagogia, ou com o apego aos chavões repetidos. Quando os ministros falam sobre o assunto, vacilam, hesitam em dizer a verdade para não perderem os cargos. Já não basta escrever por se indignar, para contestar ou se opor. Todos os brasileiros retidos e/ou contidos na escuridão opinativa, devem se lembrar que a grande crise mundial que virá em seguida será a da falta do alimento. Isto, pelo mau uso da terra, da sua distribuição, da falta de ordem e justeza dos programas oficiais, que manipulam a ocupação do solo e a produção rural. São mais por razões políticas do que por objetivos técnicos. O campesino é usado, treinado e municiado mais para impor revolução social, em vez da ocupação pacifica e planejada da terra. A falência rural é gradativamente incentivada por decretos, atos e omissões.
Valério Mesquita – Escritor, Presidente do Instituto Histórico e Geográfico do RN Mesquita.valerio@gmail.com
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