Adauto Medeiros
Nossa presidenta da República alardeou uma espécie de defesa recentemente sobre o brasileiro acusado e condenado a morte na Indonésia, e colocou toda a diplomacia brasileira em defesa do brasileiro condenado a pena de morte. Sem dúvida, que também acho como grande parte dos brasileiros, o gesto da presidenta, um gesto bonito, uma atitude bonita em defesa da vida e da dignidade humana.
Bom, infelizmente no Brasil, e essa é uma verdade de números, mais de 50 mil brasileiros são condenados a morte (assassinados) e não vemos a mesma postura humana, a mesma postura em defesa da vida. Sequer ouvimos uma palavra da presidenta sobre o assunto. Por quê?
Não posso acreditar que a presidenta tão bem informada não saiba desses números, dessa tragédia cotidiana entre nós. Não posso acreditar que esse desprezo pelo nosso povo, no sentido coletivo, e especialmente pelos nossos eleitores. Será? Se não é, então porque não demonstra a mesma atitude?
Aliás, me parece que o condenado agora morto sequer vota nela pois já tinha 10 anos que estava condenado. O incrível é que esses números de nossa tragédia cotidiana e não merece uma palavra da presidenta deriva em muito da corrupção que assola o país, praticado pelo governo da presidenta. A corrupção também precisa ser combatida, corrupção que por tragar o dinheiro da nação, do contribuinte leva milhares a morte por falta de saúde pública, pela pobreza e desilusão com a vida pela falta de educação, de ensino básico de qualidade.
Essa corrupção praticada pelo partido da Presidenta que retira transportes públicos de qualidade, levando o trabalhador que paga impostos a “viajarem” diariamente pendurados em trens. Trata-se de uma humilhação diária, mas que a nossa presidenta nunca fala disto.
Talvez a nossa presidenta diante da corrupção, das mortes por assassinatos diários, da pobreza em nosso país, da falta de saúde pública e educação pública, ache tudo isso apenas um detalhe em nossas vidas. Mas, como diz a música, os detalhes não morrem. Continuam a existir. E a presidenta continua em silencio profundo.
Adauto Medeiros, engenheiro civil e empresário – [email protected]