OUTRAS DIVAS DO CINEMA –

Não só de Hollywood irradiava glamour feminino nas telas. O cinema de outros países também produziu incontáveis deusas do talento e da sensualidade, atrizes que encheram os olhos dos fãs e amantes do gênero com charme, beleza e grandes atuações.

A Itália dos anos 1940, por exemplo, nos legou o brilho de Anna Magnani e Silvana Mangano, primeiras representantes do vigor feminino que se veria nas suas telas nos anos seguintes. Oriunda dessa forja de enérgicas morenas surgiu a eterna Sophia Loren, unanimidade, quando se festeja a firmeza e o talento, somados para nos revelar uma mulher bela e especial. E como resistir aos encantos da deslumbrante Gina Lollobrigida? E a doce e delicada Pier Angeli, de tantos papéis românticos? Na esteira, um furacão sensual, Claudia Cardinale, explosão de beleza do cinema italiano. Espaço para três louras. Virna Lisi, rosto marcante, talento incomum, Monica Vitti, insinuante em qualquer papel, e a sueca Anita Ekberg, desejada por sua incrível beleza e a voluptuosidade incomum.
Dentre as damas do cinema francês lembramos de uma sensual Jeanne Moreau, estrela da nouvelle vague, da segura e insinuante Anouk Aimée, das sérias atuações de Simone Signoret, alemã politicamente engajada, ganhadora do primeiro Oscar francês, o talento e a sensualidade de Miléne Demongeot, das firmes atuações de Stephanie Audran, da vigorosa Isabelle Huppert, o encanto da bela austríaca Romy Schneider. Jamais esquecer do ingênuo e estonteante ícone erótico Brigitte Bardot, um mito francês, assim como Catherine Deneuve, le grande dame, o “rosto da França”, protagonista de grandes sucessos, Fanny Ardant, linda e talentosa e Isabelle Adjani, a femme fatale francesa. Incluindo estrelas mais recentes, destacamos Juliette Binoche, protagonista em alguns dos bons momentos do cinema, Marion Cotillard, Audrey Tautou, Iréne Jacob, Melanie Laurent, Sophie Marceau, Lèa Sedoux, todas brilhantes, exaltando a pujança do pioneiro cinema francês.

O Reino Unido, mormente a Inglaterra, nos legou uma grande lista de estrelas. Destacamos a suprema Judi Dench, uma atriz sempre à vontade nos seus papéis, a exuberante Joan Collins, Helen Mirren, sustento para qualquer filme, Maggie Smith, exemplar dignidade artística, Charlotte Rampling, de beleza marcante, Emma Thompson, competência e seriedade, Helena Bonham Carter, vigoroso talento e Kate Winslet, jovem e maravilhosa.

O Brasil pede passagem para sua entrada nesse Olimpo de celebridades. Incluímos a tropicalíssima Carmem Miranda, da música e do cinema, a suave beleza de Aurora Duarte, lindo rosto dos anos 1950, tal como a potiguar Rejane Medeiros nos anos 60, a fantástica personalidade artística e pessoal de Ruth de Souza, Tônia Carrero, o mais belo rosto das nossas telas, Norma Bengell, protagonista do primeiro nu frontal do cinema brasileiro, a sensual e emblemática Odete Lara, Fernanda Montenegro, talvez a maior atriz brasileira, a linda, competente e dedicada Glória Menezes, a elegância e o talento de Dina Sfat, e outra diva também do teatro, Tereza Rachel, a beleza sóbria e elegante de Isabel Ribeiro, a esfuziante Leila Diniz, um símbolo da liberdade feminina, e o brilho único de Vera Fischer, musa desde os anos 1970. Um vendaval de beleza chamado Sonia Braga, a bela e sensual Sandra Bréa, a louríssima Darlene Glória, de expressivas atuações, e a importantíssima Marília Pêra. Merecem destaque Regina Duarte e Betty Faria, que brilharam nos filmes e na Televisão. Transitaram entre o cinema o teatro e a TV uma adorável Nicette Bruno, Laura Cardoso, a charmosa Eva Wilma, e outra grande dama, Beatriz Segall.

Esta resenha é fruto de lembranças, mais do que pesquisas, e certamente terão faltado outros nomes. Caberá – à vontade de cada leitor – o exercício de suas próprias memórias e preferências.

 

 

 

 

Alberto da Hora – escritor, músico, cantor e regente de corais

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