PADRÃO PANDEMIA –

Basta ouvir falar em epidemia ou pandemia para nos arrepiarmos. Não por menos, pois perdemos na última pandemia 700 mil vidas brasileiras, enquanto o planeta contabilizava 15 milhões de vítimas fatais, segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS.

Após a fatalidade inesquecível de 2020/21, muita coisa no mundo foi debatida para resguardar a saúde da humanidade dentre elas atitudes simples, porém básicas e essenciais, como a necessidade de lavar as mãos.

No entanto a pandemia do novo Coronavírus não provocou somente impactos de ordem biomédica e epidemiológica, também produziu efeitos sociais, econômicos, culturais e políticos. Um exemplo palpável dessa reviravolta nos costumes foi a adoção do trabalho remoto por empresas e profissionais de diferentes áreas.

Tal procedimento decorrente do avanço tecnológico da informática, após o marcante biênio dramático permaneceu ativo. A opção de trabalhar e resolver problemas por meio do computador e do telefone celular passou de eventual para corriqueira. Uma das razões de assim proceder lastreou-se, também, na economia de custos.

Outro processo que veio para ficar foram as vendas pela Internet. Tornaram-se de tal sorte eficientes e seguras que, transcorrida a pandemia não somente se estabeleceram em definitivo como cresceram em proporções agigantadas.

Talvez, tais mudanças nos costumes tenham passado despercebidas por nós outros, mas os pequenos e médios comerciantes a sentiram na pele com o declínio nas vendas e os consequentes prejuízos financeiros. Basta passar a vista nos usuais pontos comerciais de nossa cidade, Natal, para entendermos o problema.

O tradicional Grande Ponto que já estava perdendo a pujança de antigamente acelerou o processo, deixando aos pequenos centros comerciais a tarefa de adaptação aos novos tempos para se manterem abertos. Milhares de postos de trabalho foram extintos país afora, tudo em nome da praticidade, segurança, menor preço e rapidez na entrega dos produtos adquiridos, oferecidos pela metodologia virtual.

Nada, porém, se compara com as transformações que estão sofrendo os shoppings centers. Os preços competitivos dos Mercado Livre e Amazon – citados aqui como exemplos -, acarretando a redução das vendas nas lojas fixas nos dão ideia da razão dos cerramentos de portas de tantos estabelecimentos comerciais neles instalados.

Por outro lado, a necessidade de sobrevivência das grandes estruturas comerciais levou-as a criar alternativas inovadoras. A tendência já nos salta aos olhos. Em breve os nossos shoppings centers se transformarão em grandes praças de alimentação, conveniência e de entretenimento. E haja vaga nos estacionamentos para o mar de gente faminta por boas alimentação e diversão.

Muito bem pensado. Ante a insegurança que enfrentam os brasileiros nas ruas, a carência de estacionamentos e os longos e morosos deslocamentos a que estamos submetidos no dia a dia, era natural que a iniciativa privada para salvaguardar os próprios interesses solucionasse o problema, agrupando tais atividades num só local, ocupando os espaços antes destinados às lojas.

 Na minha concepção uma brilhante ideia criar centros gastronômicos de qualidade, desde que lá permaneçam os serviços bancários, de telefonia e os demais considerados básicos e comuns nas estruturas comerciais do gênero. Quem viver verá!

 

 

 

José Narcelio Marques Sousa – Engenheiro civil

As opiniões contidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores
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