Frederico II da Prússia, conhecido como O Grande, tinha uma paixão notável por cavalos. Era um entusiasta da equitação e mantinha uma relação estreita com seus cavalos, que faziam parte da sua vida cotidiana e militar. Tratava-os com cuidado e respeito.
Além de sua paixão por cavalos, o Rei Frederico II também era um amante das artes, da música e da literatura francesa. Ele é lembrado como um dos líderes mais influentes da Europa,
Na verdade, o único ser de quem o Rei Frederico o Grande, da Prússia, gostava apaixonadamente era o seu cavalo Cata-vento, o mais formoso corcel que se possa imaginar, cavalo digno de um rei, e tão inteligente, que abrandou e conquistou o coração do Monarca.
Constantemente mal humorado, um dia em que o Rei estava mais aborrecido do que nunca e atarefado, foi avisado pelo escudeiro, de que Cata-Vento, seu cavalo predileto, se encontrava doente.
Num acesso de furor, sentindo a sua própria insignificância, por não poder salvar a vida do seu cavalo, apesar de ser um grande Monarca, fez apregoar que aquele que tivesse a ousadia de lhe comunicar a notícia da morte do seu cavalo, seria enforcado.
Com essa notícia, o pânico se propagou pelo reino, uma vez que o cavalo do Rei, a cada dia se encontrava mais debilitado. Os cuidadores dos animais, estavam esgotando toda sua competência, percebendo que o animal estava piorando cada vez mais.
Passaram-se alguns dias e o estado de saúde do nobre animal continuava piorando cada vez mais.
Numa manhã, quando os pajens faziam uma visita às cavalariças, encontraram o encarregado da estrebaria, que lhes disse que o cavalo do Rei havia morrido. Quem se atreveria a dar essa terrível notícia ao Rei? Quem iria correr o risco de ser enforcado?
Os escudeiros permaneceram conversando e discutindo vários planos, procurando uma forma sutil de comunicar ao monarca a inevitável notícia do óbito do nobre animal, seu cavalo favorito.
Somente seu nobre cavalo tinha o condão de fazer o Rei sorrir e acalmar a sua tirania. A reação do Rei, diante da notícia da morte do seu cavalo favorito, estava sendo temida, com um furacão.
Finalmente, chegou a hora de redigir o boletim para ser entregue ao rei, comunicando-lhe a morte do cavalo. Os escudeiros estavam em pânico, diante da ameaça previamente recebida do rei, de que aquele que lhe comunicasse a morte do seu cavalo seria enforcado.
Naquele momento, um dos escudeiros disse ao moço da estrebaria, que se acalmasse, pois ele mesmo iria enfrentar o Rei e lhe dar a notícia da morte do seu cavalo, depois de esgotados todos os recursos médicos.
Nesse momento, todos empalideceram, assustados com a chegada inesperada do Rei, na sala onde se encontravam os escudeiros e encarregados da estrebaria.
“Olá! – Disse o Rei Frederico. “Como está o meu cavalo?”
“Senhor, respondeu o escudeiro. – O cavalo continua no seu lugar. Está deitado e não se mexe. Não tem forças e não come. Também não bebe, não dorme, nem respira, nem…
Então, exclamou impacientemente o Rei, aos gritos: “CATA-VENTO, MEU CAVALO FAVORITO, MORREU!!!…”
“Vossa Majestade disse a verdade, respondeu tranquilamente o escudeiro. “Vossa Majestade foi o primeiro a dizer que o seu cavalo tinha morrido.”
O Rei lembrou-se da jura de enforcamento que tinha feito contra quem lhe comunicasse a morte do seu cavalo favorito, e empalideceu. Afinal, foi ele mesmo quem pronunciou as palavras fatais, sobre a morte do seu nobre cavalo e puro sangue, seu cavalo favorito.